Os produtores de São Paulo estão proibidos até o fim de setembro de plantar soja. O Governo Estadual criou uma medida conhecida como Vazio Sanitário para tentar impedir o avanço da ferrugem asiática, doença que tem provocado prejuízos nas lavouras. Uma portaria estipulou multas para quem descumprir a determinação. Quem desrespeitar a medida pode ter que pagar até R$ 70 mil.
Segundo Cristiano Geller, engenheiro agrônomo da Cati, o plantio da soja volta a ser permitido a partir de primeiro de outubro. A medida tem como objetivo impedir o avanço da ferrugem asiática nas lavouras do estado. A doença que impede o crescimento dos grãos e diminui a produtividade, encontra nas temperaturas amenas condições favoráveis ao desenvolvimento.
Os números dão a dimensão da importância do Vazio Sanitário para evitar prejuízos. A soja é um dos principais produtos brasileiros de exportação. Só nos quatro primeiros meses desse ano, a cultura movimentou US$ 122,9 milhões, mais de R$ 232 milhões. São Paulo tem parte importante nesta fatia ao lado de estados como o Mato Grosso do Sul e Paraná.
Segundo dados da Secretaria de Agricultura, o valor da produção nos dezesseis municípios da região de Assis, a maior produtora paulista, chegou a R$ 129 milhões, ficando à frente das regiões de Orlândia, Barretos, Itapeva e Presidente Prudente.
Segundo João Paulo Ferreira Júnior, engenheiro agrônomo, na região, por causa do clima e dos inimigos naturais como as pombas, não existem praticamente opções de cultivo neste período.
Mas, os produtores que desrespeitarem a norma estadual estarão sujeitos a multas que variam de cem a cinco mil unidades fiscais do estado, ou seja, de cerca de R$ 1,4 mil até R$ 71 mil, além de outras punições.
