A recente inundação no Rio Grande do Sul levantou preocupações sobre a disponibilidade de arroz no mercado brasileiro. No entanto, a Federação Nacional dos Produtores de Arroz assegura aos consumidores que não há motivo para alarme.
Alexandre Velho, presidente da Federarroz, declarou que, apesar das dificuldades enfrentadas na colheita devido às enchentes, não haverá escassez de arroz nas prateleiras do país. Segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz, 84% das lavouras já foram colhidas, com apenas 11,26% restantes.
Embora a produção estimada para este ano seja ligeiramente menor em comparação com o ano anterior, o Rio Grande do Sul continua sendo o maior produtor de arroz do Brasil, contribuindo com 70% da produção nacional.
Entretanto, a preocupação com a disponibilidade do produto nos mercados levou o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a anunciar medidas para regular a quantidade de arroz disponível e estabilizar os preços. Essas medidas incluem a importação de um milhão de toneladas de arroz devido às perdas nas lavouras e às dificuldades logísticas decorrentes das enchentes.
Segundo o UOL, apesar disso, a decisão do governo não foi bem recebida por todos os produtores. Velho reiterou que há arroz suficiente para abastecer as regiões centrais do Brasil e que não há necessidade urgente de importação. Ele enfatizou que o país é um grande produtor de arroz, e a área de cultivo tem aumentado não apenas no Rio Grande do Sul, mas também em outros estados produtores.