De dezembro de 2006 para janeiro deste ano, os índices regionais da produção industrial caíram em sete das 14 áreas pesquisados, todas com taxas abaixo da média nacional (-0,3%): São Paulo, parque industrial de maior peso (-1,0%), Minas Gerais (-0,9%), Rio Grande do Sul (-1,0%), Pernambuco (-1,5%), Espírito Santo (-2,7%), Paraná (-3,4%) e Ceará (-3,5%). Entre as áreas que ampliaram a produção, Bahia (10,8%) e Amazonas (9,4%) alcançaram as taxas mais expressivas.
Na comparação entre os meses de janeiro de 2006 e de 2007 ( com alta de 4,5% no total do país), os índices regionais apresentam expansão em quase todos os locais pesquisados. O Ceará foi o único estado brasileiro que reduziu sua produção industrial entre janeiro de 2006 e janeiro deste ano.
Segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as indústrias do estado recuaram 5,4% no período, principalmente por causa da paralisação técnica de uma importante refinaria de petróleo cearense e pela redução da fabricação de calçados e tecidos.
A pesquisa, feita nos 13 estados mais industrializados e em uma região brasileira (Região Nordeste), mostrou o desempenho positivo de Goiás, estado que mais cresceu entre janeiro de 2006 e janeiro de 2007, com 18,4%. O crescimento foi apoiado principalmente pelo aumento de 233,2% da indústria extrativa e de 13,1% da indústria de transformação.
O Pará foi outro estado que conseguiu um desempenho expressivo de 10,6%, por conta de aumento nos setores de metalurgia básica e de indústria extrativa. Nove dos 14 locais pesquisados tiveram crescimento acima da média nacional, que foi de 4,5%.
“O resultado nacional está sustentado por uma expansão de todas as regiões, exceto Ceará. E, no caso do Ceará, vale uma observação de que esse resultado guarda um reflexo muito forte de uma paralisação na refinaria de petróleo no Ceará. Portanto, é uma coisa pontual que a gente tem que observar se continuará. Outro dado é que há uma recuperação forte dos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, por conta de uma melhora na perspectiva do setor rural”, disse a gerente de Estatísticas Derivadas de Indústria do IBGE, Isabella Nunes.
A pesquisa é realizada em todos os estados das regiões Sudeste e Sul, além de Goiás, Amazonas, Pará, Pernambuco, Ceará e Bahia. Os nove estados nordestinos também são avaliados de forma conjunta, sob a nomenclatura Região Nordeste.