O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, estimou nesta quinta-feira aumento de 10% na produção de etanol neste ano. Ao participar de reunião com a chefe do Departamento Federal de Agricultura da Economia da Suíça, Doris Leuthard, ele afirmou que a produção brasileira de etanol deve dobrar em sete anos e que a meta é quadruplicar o volume produzido no longo prazo. Hoje, a produção é de 16 bilhões de litros. Além da produção de álcool, o ministro lembrou que País produz 28 milhões de toneladas de açúcar por ano. A área plantada com cana-de-açúcar é de 6 milhões de hectares.
Guedes Pinto propôs à representante do governo da Suíça a criação de um grupo técnico para avaliar as questões comerciais entre os dois países. Ela comprometeu-se a avaliar a proposta. O Brasil tem interesse em mostrar aos suíços o trabalho realizado pelo País na produção de etanol e de biodiesel, desde o plantio da cana-de-açúcar e de oleaginosas ao desenvolvimento de tecnologias destinadas à instalação de destilarias e usinas. “Também queremos abrir mercado suíço ao algodão à soja, que hoje estão fora da pauta brasileira de exportações para aquele destino”, avaliou.
Durante a reunião, o ministro informou que a agricultura brasileira ocupa 62 milhões de hectares, área destinada às culturas permanentes e anuais. Outros 220 milhões de hectares são destinados às pastagens. O rebanho brasileiro é estimado em 220 milhões de cabeças. Ainda em relação ao álcool, Guedes Pinto lembrou que o Brasil começou a pesquisar o etanol há 30 anos e que serão instaladas muitas usinas no País no curto prazo. A construção dessas unidades, lembrou, é possível devido aos financiamentos oferecidos pelo governo.
Segundo dados do ministério, a Suíça foi o 28º mercado das exportações do agronegócio brasileiro. Os embarques totalizam US$ 319,7 milhões no ano passado, aumento de 30,07% em relação a 2005. Os principais produtos exportados para o país foram celulose (US$ 124,5 milhões), sucos de laranja (US$ 52,1 milhões), carne bovina in natura (US$ 46,3 milhões), carne de frango in natura (US$ 19,7 milhões), café verde (US$ 10,5 milhões); fumo não manufaturado (US$ 10,4 milhões) e arroz (US$ 9,8 milhões). O Brasil importou da suíça, em valores, US$ 24 milhões (papel, chocolate e preparações e outras preparações alimentícias).