A Procuradoria Geral de Justiça desistiu de nomear o promotor Thales Ferri Schoedl, acusado de assassinato, para assumir o cargo de 2º promotor de Justiça na Comarca de Jales. O comunicado foi passado aos promotores de Jales, que distribuíram uma nota à imprensa informando o recuo. A decisão de não nomear Schoedl ocorreu no momento em que o governador José Serra encerrava uma visita à cidade. Aos jornalistas, Serra se disse entristecido e consternado com a nomeação e revelou que o próprio procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho, também havia se posicionado contra.
A nota, assinada pela Secretaria da Promotoria de Justiça de Jales, informa que a decisão de não nomear Schoedl partiu da Assessoria de Designação da Procuradoria Geral de Justiça, que decidiu manter a designação de dois promotores locais para assumir provisoriamente o cargo de 2º Promotor substituto, que estava reservado a Thales. A nomeação teria sido noticiada na edição de ontem do Diário Oficial do Estado.
Segundo o promotor Eduardo Hiroshi Shintani, as funções do cargo serão assumidas por ele e pelo seu colega, o 4º Promotor de Jales, Wellington Luís Villar, durante o período de 1º a 30 de setembro. Posteriormente, um outro promotor será nomeado. Shintani não quis comentar os motivos da desistência, disse apenas que essa tarefa caberia à Procuradoria Geral de Justiça. No entanto, um representante do MP, que pediu para não ser identificado, disse que o recuo foi decidido “devido a má impressão que ficou”. Além disso, a Procuradoria não tinha idéia de que a família de Diego Modanez, assassinado por Thales, morou e tem amigos em Jales.