O Procon-SP fez uma pesquisa inédita sobre preços de uma das preferências nacionais – o pão. Os especialistas coletaram os dados de algumas variedades junto com outros produtos de padaria e combinados como café (coado/tradicional, expresso e com leite), misto quente, bauru e cappuccino, que são largamente consumidos nas padarias.
A iniciativa marca o Dia Mundial do Pão, comemorado em 16 de outubro, e tem o objetivo de oferecer aos consumidores do estado de São Paulo referências de preços para planejar os gastos e procurar alternativas. Além disso, os dados desta pesquisa poderão ser utilizados em estudos e atividades de orientação realizados pelos especialistas da Fundação Procon-SP.
Os preços foram coletados em padarias das 5 regiões da cidade de São Paulo (centro, norte, sul, leste e oeste) e em todas as oito cidades do interior e do litoral onde o Procon-SP possui escritório regional (Bauru, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba).
Capital
Na cidade de São Paulo, onde a pesquisa foi realizada presencialmente entre os dias 25 e 26 de setembro, a maior diferença percentual foi no sonho pequeno, de 228,40%, tendo o preço médio na zona norte a R$ 8,21 e na zona leste a R$ 2,50. Já a menor variação ocorreu justamente com o pão francês, a 5,09%. Enquanto na zona leste é possível comprar o quilo a R$ 22,00, no Centro paulistano ele é adquirido a R$ 23,12.
Entre os lanches disponíveis na capital, a maior diferença encontrada, de 23,10%, foi no pão francês integral na chapa com manteiga: na zona oeste o preço médio era de R$ 8,42 e, na leste, a R$ 6,84. Já nas bebidas, como cafés (incluindo o pingado), cappuccinos e suco de laranja, os valores diferiram em até 78,75% no copo de café coado tradicional. Na zona oeste, o preço médio era de R$ 8,58, enquanto no centro, de R$ 4,80.
Na lista dos produtos mais consumidos no café da manhã também houve levantamento de valores de itens combinados, como bauru e suco de laranja ou o pão de queijo acompanhado de um café. Das combinações, a variação maior foi de 48,29% no pão com manteiga na chapa junto de café coado tradicional (copo): a zona oeste era de R$ 15,20 e, no centro, era comercializado a R$ 10,25.
Preço médio
Ao todo, o Procon-SP pesquisou 108 padarias em nove municípios do interior e do litoral, além de estabelecimentos na capital, entre 25 e 30 de setembro. Na cidade de São Paulo, a comparação foi feita entre os preços médios encontrados nas 50 padarias distribuídas igualmente pelas cinco regiões da cidade (centro, norte, sul, leste e oeste).
Ou seja, para cada região, o preço médio foi formado com o valor levantado nos 10 estabelecimentos visitados e depois consolidados para encontrar o preço médio geral da cidade. Já no levantamento feito nos municípios do interior e litoral, foram comparados os preços praticados por cada uma das padarias visitadas para se chegar ao preço médio.
Comparação com outras cidades
Em comparação com a capital (R$ 22,54), o tradicional pão francês na cidade de Bauru, por exemplo, é 8,74% mais barato. Aliás, ele é um pouco acima da média entre as cidades consultadas pelo interior e litoral paulista (R$ 20,44).
Também a título de comparação, enquanto na capital o café expresso pequeno e o pão na chapa com manteiga custam cerca de R$ 7,32 e R$ 6,19, respectivamente, nos demais municípios elencados as médias são, respectivamente, de R$ 6,20 e R$ 5,97.
Entre outros itens do levantamento, a unidade do sonho é o alimento com a maior variação de preços, seja na capital (228,4%), seja no interior, como em Sorocaba (400%) e em São José dos Campos (364,29%).
Ao mesmo tempo, um misto quente com café expresso pequeno pode ser comercializado de R$ 11,00 a R$ 30,89 em Ribeirão Preto (diferença de 180,82%). A mesma combinação tem valores bem aproximados em Campinas: entre R$ 24,00 e R$ 27,80 (15,83%).
Direitos do consumidor
Os consumidores devem ficar atentos a alguns direitos ao consumir em padarias. Veja abaixo:
- O pão francês deve ser vendido por quilo.
- Os preços dos produtos devem estar afixados de forma clara e de fácil visualização e os itens fabricados e embalados pelo estabelecimento (tortas, bolos, salgados etc.) devem ter informações sobre data de validade, peso, ingredientes e se contêm glúten e alergênicos.
- O comerciante não pode determinar peso mínimo para a venda de frios, e balas e chicletes não podem ser usados como troco.
- Com relação ao pagamento, é importante que o consumidor saiba que os estabelecimentos podem diferenciar os preços em função da forma de pagamento utilizada, oferecendo descontos para, por exemplo, modalidades como dinheiro ou PIX.
- Os estabelecimentos não são obrigados a aceitar vale-refeição; no entanto, se houver adesivos ou outra forma de comunicação sugerindo sua aceitação, não poderá ser recusado.
- Além disso, para aceitar vale-refeição, o estabelecimento não pode condicionar ao valor consumido nem restringir seu uso a determinado dia, data ou horário.