O órgão de defesa do consumidor Procon-SP fez nesta quarta-feira à tarde uma nova vistoria no estádio do Palmeiras e aprovou o novo material da rede utilizada como proteção no setor de visitantes do Allianz Parque. Após a tela precisar ser trocada por reclamações de que dificultava a visibilidade do campo, o próximo passo agora será convocar uma perícia para avaliar se a medida contribuiu de fato para melhorar as condições para os torcedores que ficarem no local.
Após o Procon-SP realizar uma vistoria anterior ao estádio, o clube se comprometeu a trocar a rede de proteção e explicou que o problema de visibilidade só ocorria por volta das 17h, quando os raios solares incidem frontalmente no setor do estádio onde a torcida visitante fica acomodada. Por isso, exatamente no fim da tarde desta quarta, membros do Procon foram à arena para avaliar o resultado das novas medidas.
O diretor executivo do Procon, Fernando Capez, e o diretor de fiscalização do órgão, Carlos César Marera, estiveram no Allianz Parque e aprovaram as alterações. A nova rede é de um material mais fino do que a anterior. “A nova rede é facilmente perceptível que é um material bem mais fino e, portanto, há um impacto menor, um prejuízo menor para o torcedor”, explicou Capez.
A partir de agora, o Procon vai encomendar a execução de uma perícia para avaliar tecnicamente a nova tela. “Vamos solicitar uma perícia para constatar qual a intensidade da perda de visão, do prejuízo do consumidor, para tentar estudar uma forma de compensar isso no abatimento do preço”, disse Capez. Desde a última vistoria, no começo deste mês, o clube já havia se comprometido a dar um desconto de R$ 20 nos ingressos do setor, como forma de compensar o problema de visibilidade.
A rede de proteção é obrigatória e está presente no laudo de segurança do estádio, feito pela Polícia Militar. A utilização serve para evitar que a torcida adversária possa arremessar objetos em direção ao gramado e, assim, possa fazer com que o próprio Palmeiras sofra punições de caráter disciplinar. “O Procon não quer entrar em divergência com o 2º Batalhão de Choque, que zela pela segurança da população. Se o Choque entende que a rede é importante, temos que procurar minimizar ao máximo possíveis danos ao torcedor”, explicou Capez.