O sistema prisional do Irã instalou em penitenciária do país islâmico uma guilhotina para amputar dedos de condenados por roubo. Com o equipamento, que tem uma lâmina semelhante à usada para fatiar carne, o condenado tem quatro dedos da mão direita decepados. Só o polegar é mantido. A ONU classificou o método como “desumano” e pediu que ele fosse abandonado, de acordo com o site “Unilad”. O regime iraniano não respondeu.
Um condenado, que não foi identificado, já teve dedos amputados pela guilhotina no presídio de Evin, em Teerã, a capital do país. Ele estava preso em Kermanshah, mas foi levado a Teerã para o cumprimento da sentença, no qual ficou o tempo inteiro vendado.
Outros oito estariam desde maio à espera de receber a mesma punição. Segundo a ONU, são eles Hadi Rostami, Mehdi Sharafian, Mehdi Shahivand, Amir Shirmard, Morteza Jalili, Ebrahim Rafiei, Yaghoub e Fazeli Koushki. O regime iraniano não confirma se a pena foi aplicada.
De acordo com a sharia, a lei islâmica, a punição por roubo pode ser a amputação de dedos ou mãos.
“Organizações da sociedade civil iraniana relatam que pelo menos 237 pessoas, principalmente de segmentos mais pobres da sociedade, foram condenadas a amputações no Irã entre 1º de janeiro de 2000 e 24 de setembro de 2020, e que as sentenças foram executadas em pelo menos 129 casos”, disse a ONU em documento.
A organização de direitos humanos Anistia Internacional já havia condenado a medida por “mutilar e traumatizar deliberadamente prisioneiros por meio de punições corporais judiciais indescritivelmente cruéis”.