O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, deixou o estádio do Maracanã após a derrota para o Flamengo acompanhado de perto pelo diretor Alexandre Mattos e o presidente Maurício Galiotte. A pressão sobre o treinador aumentou ainda mais diante da pífia atuação da equipe no revés por 3 a 0, no Rio de Janeiro, pelo Campeonato Brasileiro, poucos dias depois da eliminação na Copa Libertadores.
Por enquanto, não há nenhum movimento concreto de que ele será demitido. Felipão, no entanto, admite que está pressionado pela ausência de vitórias. “A pressão existe, vai existir e deve existir pelos resultados. É normal. Estamos tentando fazer um trabalho equilibrado, organizado, temos tudo definido. Passamos aos atletas o trabalho que é feito durante a semana. Os resultados não estão acontecendo. Temos de revisar algumas coisas, mas precisamos que os atletas entendam que temos de mudar algumas peças e situações táticas para atingir o objetivo, que é brigar pelo título”, afirmou o treinador.
“Acho que o presidente fez aquilo que é o mais correto, tinha de fazer quando se dirigiu a vocês falando, principalmente, do Alexandre (Mattos). É uma situação estranha. Quanto ao restante, nós da parte técnica temos de fazer o nosso trabalho. Temos de entender que é um momento diferente, trabalhar de uma forma muito mais intensa, buscar alternativas para sair de onde estamos”, acrescentou.
Em relação ao jogo, Felipão defendeu a sua opção pela escalação de três volantes. Matheus Fernandes começou como titular ao lado de Felipe Melo e Bruno Henrique. “A intenção era organizar pelo meio com três jogadores mais fixos, dando maior consistência ao setor onde rodam os atletas do Flamengo. Fizemos isso até uns 15 minutos. Era um jogo equilibrado. Conseguimos fazer um gol que foi anulado pelo VAR. Não tinha nenhum problema tão evidente. Erramos uma saída de bola e aí saiu o gol. Depois disso temos de entender que a parte anímica atuou um pouco mais sobre os jogadores”, disse.
Em seguida, o treinador explicou melhor a sua declaração. “São lances como esse, do primeiro gol, que damos oportunidades aos times que aproveitam. Não estamos aproveitando as oportunidades que as equipes estão dando para nós fazermos o gol. Aí volta aquela história da derrota logo depois do jogo contra o Internacional lá. Não se pode tirar isso do dia para o outro da cabeça do jogador. A gente tenta, mas às vezes não conseguimos atingir a parte psicológica do jogador da maneira que queremos. Vamos ter que ver onde está esse ponto que precisamos atingir de equilíbrio e tentar”, encerrou.