Foram presos ontem os três acusados pelo assassinato da caseira Vanda Villa da Silva, 49 anos.
O trio confessou ter espancado até a morte a caseira na noite da sexta-feira (22), no sítio onde ela vivia com o marido, em Neves Paulista, por uma dívida de R$ 100 em drogas. Maycon Douglas Souza, 21 anos, que seria o dono da droga, José Eduardo Pinto, 18, e J. A. S., 22, conhecido como “Boi” e que não teve o nome divulgado, foram detidos pelos policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Rio Preto em uma ação que durou todo o dia de ontem.
Quinze pedras de crack, que somariam R$ 100 às contas do tráfico, foram o motivo da violência. A dívida teria sido contraída pelo filho de Vanda, um jovem de 23 anos que seria usuário de drogas desde a adolescência. O delegado Lincoln Flauzini de Oliveira, de Neves, explicou que o filho de Vanda teria recebido as pedras de Maycon para vender e acabou usando a droga. “Ele relatou que consumiu as pedras e não tinha dinheiro para entregar ao traficante, que foi até a casa da mãe cobrar a dívida”, afirmou o delegado na noite de ontem, após conduzir os jovens à DIG de Rio Preto.
Vanda vivia com seu marido, um idoso de 64 anos, que teve o órgão sexual amarrado às mãos para não fugir e também foi agredido, mas sobreviveu. O marido teria visto a mulher ser morta. De acordo com a apuração do Diário, José Eduardo teria matado Vanda sozinho, enquanto Maycon e J. amarravam o idoso. Os três teriam afirmado ao delegado que quando chegaram ao sítio Vanda reagiu à abordagem armada com a barra de ferro que prendia a porta da casa, o que teria motivado as agressões.
A mulher, de acordo com a polícia, foi morta pelas pancadas com a barra, mas também por pauladas que teria recebido. Seu rosto ficou completamento desfigurado, fazendo até mesmo com que o caixão no qual ela foi enterrada no sábado fosse lacrado. Maycon foi preso na casa onde vivia, na cidade de Mirassol, na manhã de ontem. Após seu depoimento, José Eduardo e J. também foram detidos. Os dois viviam na Cohab 3, em Neves Paulista. Na madrugada de sábado, logo após o crime, os três envolvidos já haviam sido levados à delegacia de Neves para prestar depoimento, mas foram liberados.
Na casa dos acusados o delegado apreendeu roupas manchadas de sangue e celulares, mas ainda carecia de provas. “Até então, eu não tinha elementos, mas depois fomos juntando relatos e decretamos a temporária”, explicou o Lincoln. Mesmo cientes de que estavam sendo investigados, os três continuaram em suas residências. “Eles acreditavam na impunidade, até por já terem sido ouvidos e liberados”, conclui o delegado.
Maycon estava nas ruas há menos de um ano, após passar quase dois anos preso por tráfico de drogas. O Diário apurou que ele seria responsável por fornecer drogas a traficantes das cidades pequenas na região de Mirassol. Os antecedentes criminais dois outros dois envolvidos não foram divulgados.