domingo, 24 de novembro de 2024
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Preso por queimar fazendas foi solto porque alegou esquizofrenia

Lucas Vieira, um salgadeiro de 29 anos, foi preso sob suspeita de ter provocado incêndios em fazendas na região de Goiás, próxima à fronteira com o Mato Grosso. No entanto,…

Lucas Vieira, um salgadeiro de 29 anos, foi preso sob suspeita de ter provocado incêndios em fazendas na região de Goiás, próxima à fronteira com o Mato Grosso. No entanto, ele foi liberado um dia após sua prisão, no domingo (25), após alegar possuir problemas psiquiátricos.

Durante a audiência de custódia, segundo o Metrópoles, a juíza Leila Cristina concedeu liberdade provisória ao homem, condicionada ao cumprimento de algumas medidas cautelares. Entre essas medidas, está a exigência de que ele compareça ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para iniciar tratamento para esquizofrenia dentro de um prazo de 15 dias.

A prisão de Lucas ocorreu em flagrante na rodovia BR-158, entre as cidades de Piranhas e Bom Jardim, em Goiás. O Batalhão Rural da polícia estava realizando patrulhas intensificadas na área devido a denúncias de incêndios. De acordo com a Polícia Militar, aproximadamente 700 hectares foram destruídos pelas chamas resultantes da ação criminosa atribuída ao salgadeiro.

Em seu depoimento à Polícia Civil, Lucas admitiu ter recebido cerca de R$ 300 para incendiar a fazenda de um desafeto político. Ele também apontou um pedreiro de 33 anos como o mandante do crime, embora o pedreiro negue qualquer envolvimento.

No interrogatório, Vieira afirmou: “Que a motivação foi política, mas o interrogado não sabe detalhes sobre os fatos. Que o mandante do crime não disse o nome do proprietário da terra, afirmou apenas que era um desafeto político”.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Aragarças, em Goiás. Segundo o delegado responsável, Fábio Marques, até o momento, as alegações sobre a motivação política e o mandante do crime foram apresentadas apenas de maneira informal e não estão confirmadas nos autos. A autoridade destacou que “o que se tem até agora é o dolo de provocar dano”.

Além disso, o delegado solicitou uma vistoria para avaliar os danos causados pelo incêndio, mas ainda não está claro se a propriedade afetada pertence a um político. Durante a prisão de Lucas, a polícia apreendeu um celular e R$ 307 em espécie.

Goiás, assim como outras regiões do Brasil, enfrenta uma onda de incêndios. Em resposta, a Polícia Federal abriu inquéritos para investigar os casos de incêndio criminoso, e duas pessoas foram presas no domingo em São Paulo.

O advogado de Lucas, João Rodrigues D’Souza, afirmou que seu cliente já forneceu todas as informações que possui à polícia. “Ele aparenta sofrer de esquizofrenia”, comentou o profissional, destacando que essa condição foi apresentada à juíza, que determinou uma avaliação no CAPS para elaboração de um relatório médico.

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