A Polícia Militar prendeu, no início da tarde deste sábado (2), Sidnei Antônio Creado, 68 anos, réu confesso do feminicídio da comerciante Martinha dos Santos Melão, 66 anos. O crime ocorreu no dia 30 do mês passado na residência da vítima, em Araçatuba (SP). Martinha foi assassinada com três tiros, um na cabeça e dois no peito. Desde então, o acusado vinha fugindo da polícia.
Na manhã deste sábado, o sargento Barros, da Força Tática da Polícia Militar, e que estava de folga, recebeu a informação de que ele estaria em uma estrada rural de Guararapes. As equipes da PM se mobilizaram e abordaram o acusado ainda a pé. De acordo com o sargento Barros, o acusado admitiu o crime e alegou motivo passional. Segundo o que foi apurado, o autor estaria apaixonado pela vítima, que era casada. Descontente com a situação, o acusado disse que resolveu matar a comerciante e fugir.
O acusado foi apresentado na delegacia de Guararapes. Durante o registro da ocorrência, a Justiça expediu o mandado de prisão do acusado, que foi levado para a cadeia de Penápolis.
Policiais da Força Tática apreenderam duas espingardas de caça no meio do mato, em uma rota usada pelo acusado durante a fuga de Araçatuba. A suspeita é que as armas pertençam ao idoso.
O crime
Martinha dos Santos foi assassinada a tiros no início da manhã de quarta-feira (30) na cozinha de sua casa, no conjunto Chácaras Aguiar, zona sul de Araçatuba, em um bairro também conhecido como chácaras Califórnia, na margem da rodovia Eliezer Montenegro Magalhães.
A Polícia apurou que o marido da comerciante, um homem de 69 anos, saiu para comprar pão e retornou às 5h40. Assim que chegou em casa encontrou a esposa caída na cozinha. Equipes das polícias Militar e Civil foram acionadas. Uma unidade avançada do Samu também esteve no local, mas a comerciante já estava sem vida.
A comerciante fornecia refeição à motoristas que passavam pelo bar e alguns pernoitavam no local. O acusado estava em um quarto alugado no fundo do bar há cerca de 3 meses. Assim que chegou, vindo da região de Barueri, na grande São Paulo, ele deu o nome de Cícero. Agora, a polícia descobriu que ele havia mentido o nome.
Após o crime, Sidney deixou para trás uma perua kombi e documentos, o que possibilitou a verdadeira identificação. A polícia apurou que o acusado fugiu a pé e levou a arma usada no crime. Na abordagem de hoje, ele já não estava mais com o revólver.