A Polícia Federal (PF) de Araçatuba (SP) prendeu, na manhã desta sexta-feira (7), o segundo suspeito de participar de um esquema de venda ilegal de crédito de carbono de terras públicas da União. Ricardo Stoppe Junior, de 56 anos, que já era procurado pela justiça, se apresentou na sede da PF e foi encaminhado para a cadeia de Penápolis (SP).
Ricardo é pai de um dos líderes do esquema, preso durante a Operação Greenwashing, deflagrada na quarta-feira (5). A operação, que contou com a participação de mais de 100 policiais federais, cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e 76 de busca e apreensão em cinco estados, além de São Paulo.
Segundo as investigações, a organização criminosa atuava há mais de uma década e causou um prejuízo de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos. O grupo fraudava documentos para explorar terras públicas da Amazônia de forma ilegal, obtendo créditos de carbono que eram vendidos no mercado internacional.
O advogado de Ricardo Stoppe Junior discorda da prisão do cliente e alega que a medida foi tomada apenas em razão da repercussão do caso na mídia. Ele afirma que o cliente não oferece risco à sociedade e que não há provas suficientes para justificar a reclusão.