Com atraso de quase três semanas, o presidente Jair Bolsonaro chegou ao Amapá neste sábado (21) e foi recebido com protestos. O estado vive um cenário de crise energética desde o último dia 3, quando um blecaute total afetou 13 dos 16 municípios, incluindo a capital, Macapá.
Ao desembarcar, Bolsonaro era aguardado por apoiadores, como é comum nas viagens oficiais, mas também por moradores insatisfeitos. Os protestos se estenderam ao governador do estado, Waldez Góes (PDT) e até mesmo ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Manifestantes gritaram “fora, Bolsonaro”, “fora, Waldez”, “fora, Davi” e outras palavras de ordem, enquanto o presidente cumprimentava outra parte dos moradores. Apoiadores de Bolsonaro responderam aos protestos com gritos de “mito”.
Crise no Amapá
A crise energética no Amapá começou há 17 dias, em 3 de novembro, quando uma explosão no principal transformador da região gerou um blecaute total no estado. Desde então, o Amapá ainda não voltou a contar com abastecimento elétrico constante.
Na última terça-feira (17), enquanto a população ainda lidava com um esquema de racionamento em horários alternados, houve um novo blecaute total. Desta vez, o quadro foi revertido em cerca de 5 horas, quando a energia voltou ao regime de rodízio.
Em visita ao Amapá nesta sexta, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o prazo para a normalização do serviço é 26 de novembro.