O presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, anunciou nesta quarta-feira (19) que encaminhará ofícios aos clubes, federações e árbitros que gritos homofóbicos causarão punições. A medida será adotada após a paralisação para a Copa América. Os clubes poderão ser punidos com multa ou perda de pontos.
“O tribunal está atento a essa questão. Em um primeiro momento, vamos exercer um papel pedagógico. O objetivo nunca foi e nunca será punir ninguém. E, sim, melhorar o espetáculo. O campo de futebol não é uma terra sem lei. Pelo contrário, é um lugar que tem de ser lúdico para que as pessoas possam se divertir e possam levar as suas famílias sem violência e atos discriminatórios e homofóbicos”, disse o presidente do STJD.
A ideia inicial é enviar ofícios aos clubes e dar um tempo para que haja campanhas de conscientização. Se não surtir efeito, punições devem ser aplicadas. Atos homofóbicos se enquadram no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
“A tendência do tribunal é de fazer uma interpretação mais extensiva desse artigo que prevê a questão da injúria. A pena vai de multa aos clubes caso seja por um torcedor. Se a manifestação por um número considerável de torcedores, pode haver a perda de pontos e até a eliminação em competição de mata-mata”, completou Paulo César Salomão Filho.