O presidente do Santos, José Carlos Peres, exaltou a contratação do técnico Jorge Sampaoli pelo clube e definiu a sua ação de acertar a chegada de um treinador renomado e estrangeiro ao time como uma ação ousada. “A vida precisa de ousadia”, afirmou o dirigente, em nota oficial divulgada na quinta-feira, após o anúncio de que tem um acordo prévio com o argentino.
Peres, que algumas vezes já lamentou os problemas financeiros do time, avaliou que o peso histórico do Santos permite que a equipe atraia e consiga contratar estrangeiros, caso de Sampaoli, mas também de jogadores que chegaram ao time em meses recentes, como Carlos Sánchez, Bryan Ruiz e Derlis González.
“Podemos não ter o maior orçamento do futebol brasileiro, mas temos a maior marca entre os clubes nacionais e precisamos saber utilizá-la. Assim conseguimos atrair jogadores como Carlos Sánchez, Bryan Ruiz, Derlis González e agora o técnico Jorge Sampaoli”, disse.
Na avaliação de Peres, o estilo de jogo adotado por Sampaoli em seus trabalhos deve combinar com características históricas do Santos, como a aposta em jovens e a escalação de formações ofensivas. Ele também apontou que a contratação de um treinador renomado recupera a autoestima de uma torcida hoje abalada pelos resultados ruins da atual temporada, além de ajudar a movimentar o futebol brasileiro.
“Santos FC é sinônimo de jovens talentos, futebol ofensivo, uma magia histórica e única. Nada melhor para comandar esse potencial que um técnico experiente, de nível internacional e com ideias novas. Será importante não só para o clube mas como para o nosso futebol. É uma grande atração que com certeza mobilizará nossa torcida nas próximas temporadas”, comentou.
Técnico da Argentina na última Copa do Mundo, Sampaoli estava desempregado e virá ao Brasil no fim de semana para acertar os últimos detalhes do acordo e assinar o contrato, que deve ser de duas temporadas, com o Santos.
Ele vai trabalhar pela primeira vez em clube brasileiro. Com um currículo extenso, se destacou na seleção chilena ao ser campeão da Copa América em 2015, além de ter trabalhado em times como Universidad de Chile e Sevilla.