O presidente do Bahia, Petrônio Barradas, afirmou hoje que o clube não pode ser responsabilizado pelo acidente que matou sete pessoas no estádio da Fonte Nova, no domingo, porque cumpriu todas as medidas de segurança necessárias para a realização de uma partida de futebol.
“O Bahia não é responsável. Eu não vejo porque o Bahia pode ser apenado por algo que ele não teve responsabilidade direta. Providenciamos oito ambulâncias, toda uma equipe médica para prestar socorro e um policiamento adequado. Além disso, colocamos à venda uma carga segura de ingressos e instalamos câmeras.Tomamos todas as medidas de segurança”, afirmou o dirigente, em entrevista à rádio Jovem Pan.
No domingo, a festa pelo retorno do Bahia à Série B do Campeonato Brasileiro, conquistado com o empate por 0 a 0 com Vila Nova, foi interrompida pela queda de uma parte da arquibancada do anel superior da Fonte Nova, abrindo um vão de 17 metros. Sete pessoas morreram e outras 85 ficaram feridas, de acordo com a Polícia Militar.
Barradas argumentou ainda que o clube é apenas locatário do estádio, que é administrado pela Sudesb (Superintendência de Desportos da Bahia) e funcionava devido a um laudo técnico que o liberava.
“Nós adotamos todas as providências pré-jogo. O Bahia só aluga a Fonte Nova. Se [o estádio foi liberado para os jogos] é porque tínhamos um lado técnico.”
Sobre a possibilidade da demolição do estádio, levantada pelo Governador da Bahia, Jacques Wagner (BA), e pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., o presidente insinuou que é uma proposta “oportunista”, adotada apenas para mostrar à sociedade que “algo foi feito”.
“Se é que o estádio é ultrapassado, ele não passou a ser ultrapassado só agora, depois de isso acontecer”, concluiu.