sábado, 21 de setembro de 2024
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Presidente deposto fugiu com R$ 900 milhões em espécie

O presidente deposto do Afeganistão fugiu do país com US$ 169 milhões em dinheiro (R$ 900 milhões) no seu helicóptero, que seguiu ao vizinho Tadjiquistão, ex-república soviética situada ao norte,…

O presidente deposto do Afeganistão fugiu do país com US$ 169 milhões em dinheiro (R$ 900 milhões) no seu helicóptero, que seguiu ao vizinho Tadjiquistão, ex-república soviética situada ao norte, de acordo com o “Metro”, mas, após ter tido aterrissagem recusada, partiu para Omã. A publicação afirma, ainda, que parte do dinheiro deixou o país em quatro carros, já que não cabia na aeronave, segundo informações da Embaixada russa em Cabul.

“Quanto ao colapso do regime, é mais eloquentemente caracterizado pela forma como Ghani fugiu do Afeganistão. Eles tentaram enfiar parte do dinheiro num helicóptero, mas nem tudo coube. E parte do dinheiro foi deixada no asfalto”, disse Nikita Ishchenko, porta-voz da Embaixada.

Ashraf Ghani, de 72 anos, disse que deixou o país na noite de domingo (15/8) porque “queria evitar derramamento de sangue”, conforme comunicado na sua conta no Facebook, enquanto as forças do Talibã se aproximavam da capital afegã, Cabul. No dia seguinte, ela já estaria dominada pelos extremistas.

Ghani recebeu asilo por motivos humanitários em Dubai (Emirados Árabes Unidos).

Na campanha eleitoral, o economista e antropólogo Ghani, da etnia pashtun, prometeu selar a paz com o Talibã. Ao assumir o poder, entretanto, sua postura foi vista pelos críticos como arrogante.

Na formação do primeiro governo após a invasão lideradas pelas forças dos EUA, Ghani, ex-funcionário do Banco Mundial e ex-conselheiro da ONU, tornou-se um dos principais assessores do primeiro presidente, Hamid Karzai. Como ministro das Finanças, estabeleceu uma nova moeda, reformou o sistema tributário e encorajou os compatriotas da diáspora a retornarem ao país. Ghani chegou à presidência em setembro de 2014.

Nesta quarta-feira (18/8), o mulá Abdul Ghani Baradar, um dos fundadores do Talibã e chefe político do grupo fundamentalista islâmico, que negociou o acordo de paz com os EUA, voltou ao Afeganistão após mais de dez anos de “exílio”.

Os EUA decidiram sair do Afeganistão após quase 20 anos de ocupação como resposta aos atentados de 11 de setembro de 2001 contra Nova York e Washington.

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