O presidente da Câmara Municipal de Meridiano, Uelton de Paala Garcia demonstrou que está em sintonia com a prefeita Márcia Adriano e tentou arquivar o pedido de CP – Comissão Processante – contra ela na noite desta segunda-feira, dia 21.
Após a leitura da denuncia de autoria do advogado Hery Waldir Kattwinnkel Junior, o presidente tentou emplacar um despacho de arquivamento da denúncia, mas foi contido pelos demais vereadores e a população presente que se revoltou com a atitude.
Ele tentou criar uma “nova modalidade de lei” inexistente e não cumprindo com o rito do Decreto-Lei 201/67 que determina que após a leitura da denúncia, a matéria tem que ser discutida e votada pelo plenário.
Uelton ainda tentou censura a fala de alguns vereadores, mas acabou cedendo. A vereadora Juliana Lima de Miranda insistiu que o presidente colocasse a matéria em discussão e votação, conforme o Decreto-Lei 201/67. “Caso o senhor não seja lido, tomaremos uma decisão mais drástica com o senhor, lendo seu pedido de cassação”.
O vereador Edivan Cassio Tonelote pediu desculpa para população pelas atrocidades que estavam acontecendo na sessão e insistiu para que Uelton explicasse o motivo da não discussão da matéria.
Em seguida, o presidente pediu para que o vereador Lúcio Binati concluísse com a leitura do despacho de arquivamento, mas a leitura foi recusada pelo vereador e assim sucessivamente pelos demais, deixando Uelton com “cara de tacho”.
Para justificar o encerramento da sessão sem a conclusão do pedido de CP, baseou-se nas manifestações públicas ocorridas pelos presentes no plenário. Uelton foi criticado e escrachado publicamente e nas redes sociais.
A DENÚNCIA
A maioria dos vereadores deveria decidir se a CP contra Márcia Adriano fosse instaurada, e não somente de forma unilateral do presidente do Legislativo, Uelton de Paulo Garcia que demonstrou ser um “pau mandado” da prefeita Márcia Adriano.
A CP – Comissão Processante – teria o objetivo de cassar o mandato da prefeita Márcia Adriano de Lima com base no relatório da CEI das Diárias que investigou fraude aos cofres públicos, em tese, aplicou por ele e pelo esposo, presidente do Fundo Social de Solidariedade.
O “casal gastão” participou de mais de 40 viagens, onde na maioria das vezes paga com o adiantamento de viagens do marido (Edimar Cassemiro de Lima) e Márcia “embolsava” o valor integral das diárias a ela destinada.
Edimar e Márcia são acusados de agir em desconformidade com as leis vigentes no país, já que também foi detectado superfaturamento em notas fiscais de hotéis, restaurantes e similares. O suposto rombo chegou a mais de R$ 47 mil reais.
Na maioria das viagens realizadas, Edimar, participou de reuniões no DER e CDHU, entre outros órgãos do governo estadual e federal, sem qualquer tipo de relação com o Fundo Social de Solidariedade, do qual é presidente.
O denunciante pede julgamento por Quebra de Decoro e crime político-administrativo com base no artigo 5º do Decreto-Lei 201/67 e a oitiva de dois servidores que ocuparam o cargo de diretor financeiro da Prefeitura de Meridiano.
Uelton poderá ser denunciado ao Ministério Público e ainda sofrer sanções da Lei pelo ato feito durante a sessão desta segunda-feira, dia 21.
O pedido de cassação dele também está protocolado na Câmara Municipal.