terça, 7 de janeiro de 2025
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Prefeitura substituía molho de tomate por colorau na merenda

Os depoimentos colhidos pela CPI do Merendão colocam em dúvida a qualidade da merenda escolar servida aos alunos da rede municipal e estadual de ensino entre os anos de 2013…

Os depoimentos colhidos pela CPI do Merendão colocam em dúvida a qualidade da merenda escolar servida aos alunos da rede municipal e estadual de ensino entre os anos de 2013 e 2014. Merendeiras eram obrigadas a colocar colorau na macarronada para “maquiar” o sabor e até mesmo promover um “faz de conta” já que o molho pago pela municipalidade quase não chegava às escolas.

Esse foi o relato de várias merendeiras que prestaram depoimentos na CPI e afirmaram que usavam o produto no lugar de molho. O mais grave de tudo isso é que a Prefeitura pagou caro pelo molho Fugini, embalagem com 2 quilos e o produto quase não chegava.

Mesmo assim a Prefeitura de Fernandópolis insiste em mencionar em campanhas publicitária que está servido uma merenda de qualidade, sem número de nutricionistas insuficiente para atender a demanda do município. Hoje somente uma pessoa está contratada no cargo para desenvolver o cardápio de todas as unidades que recebem a merenda.

Os relatos das merendeiras estão gravados em áudio e vídeo e serão apresentados no relatório final que encerrará os trabalhos de apuração no superfaturamento da merenda escolar em Fernandópolis.

A secretaria de Educação chegou a comprar uma grande quantidade em molho da marca Fugini e pagar R$ 16,70 por dois quilos do produto. Na realidade o mesmo molho da mesma marca foi encontrado e comprado em um supermercado da cidade pelo valor de R$ 6,73, ou seja, 148% mais cara o valor praticado no varejo.

A discrepância nos valores chamou a atenção do vereador Rogério Chamel que denunciou o rombo na Prefeitura de Fernandópolis e os prejuízos aos cofres públicos decorrente dos valores abusivamente pagos pela municipalidade.

Até agora o superfaturamento ultrapassou a casa de R$ 1 milhão, mas poderá atingir a marca histórica de R$ 1,5 milhões , valor que deverá ser contabilizado como prejuízo aos cofres públicos.

A CPI do Merendão vai questionar outros itens e objetos por meio de provas colhidas e que fazem parte dos autos.

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