“Que tiro foi esse?”, além de frase frequente em qualquer segunda-feira no Rio de Janeiro, é também um sucesso do verão composto por Jojo Maronttinni, a Jojo Todynho.
É também uma música perigosíssima que pode incentivar a violência e provocar muitas mortes. Quer dizer… Não é. Mas é o que acha a Polícia Militar de Joaquim Gomes, em Alagoas.
Depois de uma reunião entre a 2ª Cia. da PM e representantes da prefeitura e dos blocos de rua, ficou proibida a reprodução de “Que tiro foi esse” no carnaval local. Por “questões de segurança”. Mesmo não fazendo sentido algum e estando repleta de preconceito e ignorância, segue aqui a explicação dada ao G1 pelo capitão Queiroz:
– A música traz esse som de disparo de arma de fogo. O uso de armas de fogo é proibido pelo Estatuto do Desarmamento. Não se pode incentivar o uso de armas. A música também incentiva a violência contra a mulher. Todos os dias temos ocorrências com mulheres. A polícia tem a obrigação de proteger a população e evitar o incentivo à violência.
Com 100 milhões de reproduções no link oficial, já deveria ter provocado uma carnificina, certo?
Ainda segundo o G1, a prefeitura de Joaquim Gomes confirmou a proibição e disse que a medida busca proteger a população. No mundo real, e não nesse mundo de fantasia criado na cabeça de alguns, é o tiro que mata, aquele mesmo, disparado por uma arma de fogo, e não uma música, ou um barulho de tiro cheio de eco que mais parece uma porta batendo.
Resta saber como a Polícia Militar e os órgãos da prefeitura planejam coibir os problemas reais do carnaval, como o assédio à mulher, as brigas envolvendo pessoas armadas, os assaltos… É… Dá bem mais trabalho, né? Com ou sem o funk da Jojo, que a paz prevaleça durante o carnaval de Joaquim Gomes.