Dom Aguirre (1880 – 1973) foi um Bispo católico brasileiro que nasceu em Itaqueri da Serra, no interior de São Paulo, mas passou a vida em Sorocaba, no mesmo Estado, onde exerceu grande parte de sua devoção à Igreja Católica.
Como figura distinta de Sorocaba, teve seu nome dado à principal avenida do município, Avenida Dom Aguirre. O problema é que a avenida margeia o principal rio da cidade, o rio Sorocaba. E, é claro, a população passou a chamar a via expressa de Marginal Dom Aguirre, como acontece com quase qualquer avenida que margeia rios importantes. Para prefeitura, o problema é a palavra “marginal”.
Dom Aguirre, marginal? Houve um problema com a palavra, que também significa “quem anda à margem”, malfeitor, bandido. Como Dom Aguirre, um Bispo, poderia estar sendo alvo de piadas por ter uma avenida com seu nome margeando um rio? Para isso existe o deputado Carlos Leite, do PT. Ele criou uma lei que proíbe qualquer menção à palavra “marginal” em placas ou impressos oficiais relacionados à Avenida Dom Aguirre, para não suscitar qualquer dúvida a respeito de tão querida figura pública.
“O uso do termo Marginal, associado ao nome da avenida, tem suscitado comentários jocosos e negativos, incompatível com a intenção de dar à via nome de tão ilustre personalidade sorocabana”, afirmou Leite, segundo o Jornal Ipanema. Agora sim! Acabaram os comentários jocosos.