



A polêmica obra de revitalização da Avenida Augusto Cavalin foi o tema central de uma reunião na Câmara Municipal no final da tarde desta segunda-feira, dia 6. O Secretário de Obras, Mateus Paulique, juntamente com sua equipe, realizou uma apresentação detalhada aos vereadores para esclarecer as críticas da população, que se concentram principalmente no formato das novas rotatórias e na sinalização.

Estiveram presentes os vereadores Lucas Biazotto, Rosana Arouca, Daniel Domênicis, Afonso Pessuto, Jeferson da FEF e Carlos Cabral.
Em apresentação com slides, Paulique e o arquiteto Sérgio Agustini explicaram que a população precisa entender que a Augusto Cavalin não é mais uma “via expressa”, como se acostumou, mas sim uma avenida urbana de baixa velocidade, similar às vias centrais.
Inicialmente houve uma demonstração das mudanças ocorridas desde o primeiro projeto iniciado na gestão anterior, até as adequações na execução das obras das rotatórias atuais, justificando que não havia espaço suficiente para cumprir o cronograma inicial, sendo necessário a redução desses dispositivos.
A implantação dos dispositivos de redução de velocidade e as rotatórias são cruciais para a segurança e para facilitar o acesso ao novo loteamento do Grupo Arakaki e melhorar a saída de veículos que se dirigem e retornem da Fundação Educacional de Fernandópolis. O secretário confirmou que outras adequações serão feitas na via. Também está em estudo sobre o que fazer no acesso ao bairro Jardim Araguaia.
Foi apresentada uma projeção para o futuro da avenida, que inclui uma segunda fase de revitalização urbana com paisagismo, coqueiros, iluminação moderna e árvores. A implantação de lombo-faixas também está prevista ao longo da avenida como dispositivo essencial para manter a velocidade reduzida e evitar acidentes. Até o momento não foi descartado a possível implantação de lombadas eletrônicas para garantir a redução de velocidade dos veículos na avenida.
Um ponto crucial debatido foi o destino dos caminhões canavieiros. Ficou acertado que todo o fluxo de transporte de cana será desviado da Augusto Cavalin para a Avenida Teotônio Vilela. O trajeto seguirá de trás do Recinto de Exposições (Festival Dirce Semeghini) em direção ao Trevo do Bairro Brasilândia, facilitando o acesso à Euclides da Cunha e a Pedranópolis. Várias adequações serão feitas nesta via que ainda é de terra para receber o alto volume de tráfego pesado.
Mateus Paulique confirmou que o Grupo Arakaki deve fazer uma recompensa em recursos ao município, um valor que se aproxima dos R$ 6 milhões. O secretário mencionou que haverá futuras reuniões com os vereadores para discutir onde esse valor deve ser investido. Embora não seja obrigatório o uso na própria Avenida Cavalin, já existe um pré-determinação para que parte desse recurso seja utilizada na finalização da pavimentação asfáltica no Distrito Industrial II, uma área há anos esquecida.
A Prefeitura pretende assinar um TAC – Termo de Ajuste de Conduta – com o Grupo Arakaki onde será determinado o valor final do investimento, obras a serem executadas e prazo para conclusão dessas obras. Caso o acordo não seja comprido, o fato pode ser considerado como ato de improbidade administrativa por parte do loteador, sendo responsabilizado juridicamente, co possível pedidio de penhora de bens para garantir o cumprimento do acordo. O documento já estaria sendo redigido pela PGM – Procuradoria Geral do Município.












