A Prefeitura de Fernandópolis está deixando de informar casos de dengue registrados no município nos últimos três meses e para garantir repasse do Ministério da Saúde por cumprir meta no combate ao mosquito Aedes Aegypti, está fraudando fatos ocorridos no final do ano passado.
O RN apurou e teve acesso a documentos e exames laboratoriais de que um bebê de aproximadamente dois anos foi picado pelo mosquito da dengue no mês de dezembro. Os pais do garoto recorreram a exames laboratoriais em São José do Rio Preto, via plano de saúde, e foi constatado que os sintomas eram idênticos. O laudo apontou que a criança estava com dengue.
Outro caso também foi registrado em um garoto que mora a algumas quadras do caso inicialmente citado na reportagem. O fato chegou a ser comunicado à Secretaria de Saúde do Município e varreduras foram feitas na região do bairro do Estádio, mas, a própria Prefeitura não aceitou o exame feito em outro laboratório e simplesmente ignorou a doença e ainda divulgou nota de que o município não registrava casos num período de três meses.
Deixar de informar casos de doenças ao Ministério da Saúde é considerado crime contra a saúde pública e pode até dar cadeias para os servidores que fraudam o sistema. A falta de informação no sistema identifica que Fernandópolis estaria cumprindo com as metas do MS e assim recebe repasses em meio de recursos financeiros para continuar o combate.
O Ministério da Saúde pode entender que em Fernandópolis nenhum caso foi registrado o que colocaria o município fraudulento no rol das melhores cidades que contribuem com o fim da doença.