O número de faltas às consultas agendadas gratuitamente por pacientes, mediante o Departamento da Saúde, no AME (Ambulatório Médico de Especialidades), de Votuporanga, vem preocupando a Prefeitura de Valentim Gentil.
Conforme dados divulgados pelo Departamento nesta semana, no mês de abril, em algumas especialidades, em torno de 20% dos pacientes que marcaram consultas não compareceram.
As ausências, na maioria dos casos, não são justificadas e a remarcação da consulta, dependendo da especialidade, pode demorar de 15 a 30 dias. Por isso, para tentar eliminar esse problema, a enfermeira responsável pela avaliação e agendamento de consultas, Tatiana de Moraes e Yunis do Carmo, busca realizar um trabalho de “conscientização”, principalmente entre os pacientes que visam consultas consideradas mais relevantes, como: coloproctologia, dermatologia e urologia.
O trabalho de conscientização entra em função, a partir do momento em que o paciente procura o Centro de Saúde de Valentim Gentil para agendar a consulta. A equipe, responsável pelo agendamento, visa passar à pessoa a importância da consulta e o problema que pode acarretar a não justificativa de uma possível falta.
“Para se ter uma ideia, um paciente pode ficar quase três meses na fila de espera para conseguir uma consulta de coloproctologia”, informou Tatiana referindo-se à especialidade responsável em diagnosticar doenças do intestino (cólon). Ela ainda destacou: “o maior problema das faltas é a ocupação de uma vaga que poderia ser de alguém que precisa”.
A especialidade em questão, no mês de abril, foi agendada para quatro pacientes, porém, compareceram três. A consulta, se realizada em uma clínica particular, tem em média o custo de R$ 130,00.
Números
Em abril, foram agendadas 386 consultas no AME de Votuporanga. Deste total, somente 307 pacientes compareceram. Em relação ao número de exames, o número de faltas também é significante, chegando a ser 424 agendados e apenas 356 realizados.
Ainda no mês de abril, as consultas que lideraram o ranking de ausências foram: ortopedia – trauma, com 11 faltas e dermatologia, com 10.
Ainda conforme informações do Departamento Municipal, falta uma maior conscientização por parte dos pacientes que não informam com antecedência a falta. Com isso, outras pessoas ficam na fila à espera de uma desistência e a pessoa que faltou à consulta, vai novamente para a fila para agendar um novo dia. Isso gera uma demanda maior do que aquela que já existe.
“As pessoas precisam se conscientizar, pois se todos comparecerem às consultas, a demanda diminui e o atendimento fica mais ágil”, finalizou Tatiana.
