O prefeito de Mirandópolis, Ademiro Olegario dos Santos (PSD), foi cassado na noite de segunda-feira (10) após a Câmara Municipal aprovar, por 7 votos a 2, um relatório de uma Comissão Processante (CP) que apontou infrações político-administrativas relacionadas a dados inseridos indevidamente no sistema de saúde do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Investigação e acusações:
A CP foi instaurada a partir de uma denúncia do vereador Afonso Carlos Zuim, que acusava o prefeito de inserir, em 2023, nomes de servidores públicos no sistema do CAPS como se tivessem recebido atendimento, quando, na verdade, não teriam. Um desses nomes era o próprio Zuim, que, segundo o relatório, teve oito atendimentos “fantasmas” em seu nome.
Em sua defesa, o prefeito alegou que houve um erro no sistema e que os atendimentos não causaram nenhum dano aos cofres públicos. No entanto, a CP apurou que a empresa responsável pela gestão dos atendimentos no CAPS confirmou o pagamento de pelo menos dois desses atendimentos “fantasmas”.
Motivo da cassação:
Além da inserção indevida dos dados, a CP também concluiu que o prefeito omitiu informações sobre o caso e mentiu para a Câmara Municipal em suas respostas sobre o caso.
Consequências:
Com a cassação, Ademiro Olegario dos Santos perde o cargo de prefeito e fica inelegível por oito anos. O presidente da Câmara, Ederson Pantaleão de Souza (União Brasil), assume o cargo interinamente até a realização de novas eleições, já que o vice-prefeito da cidade renunciou para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa.
O que disse o prefeito cassado:
O prefeito cassado afirmou que já está tomando as medidas cabíveis e que entrará com uma liminar para tentar reverter a decisão.
