segunda, 25 de novembro de 2024
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Praticantes do candomblé protestam após mãe perder guarda

Praticantes do candomblé fizeram, nesta quinta-feira (13), em frente ao Conselho Tutelar de Araçatuba, um ato pacífico de protesto contra o racismo e a intolerância religiosa. Cerca de 50 pessoas…

Praticantes do candomblé fizeram, nesta quinta-feira (13), em frente ao Conselho Tutelar de Araçatuba, um ato pacífico de protesto contra o racismo e a intolerância religiosa.

Cerca de 50 pessoas participaram do ato, realizado na Rua Olavo Bilac, região central da cidade. Depois, eles se concentraram na Praça Rui Barbosa.

Os manifestantes dançaram e cantaram músicas oriundas da religião afro-brasileira, derivada de cultos tradicionais africanos.

O protesto é uma reação ao caso envolvendo a manicure Kate Ana Belintani e a filha dela, de 12 anos. A mulher perdeu a guarda da filha depois que a criança passou por um ritual de iniciação na religião. A ação foi movida pelo Conselho Tutelar de Araçatuba, que afirmou ter recebido denúncias de maus-tratos e abuso sexual.

Para o babalorixá Rogério Martins Guerra, responsável pelo terreiro araçatubense desde 2010, o que aconteceu foi intolerância religiosa.

“Em dez anos eu nunca vi tamanha intolerância. O candomblé é uma religião brasileira onde cultuamos nossos ancestrais, nossos orixás. É uma prática diferente de outras religiões, mas praticamos o que todas praticam: paz, amor, compreensão. Eu vejo com muita tristeza isso que aconteceu. Nossa casa foi invadida, nosso chão consideramos sagrado. Isso é uma afronta. É uma perseguição religiosa”.

​A mãe da criança também afirmou ser “perseguida” pelo Conselho Tutelar e que só tem falado com a filha pelo celular. O Conselho Tutelar foi procurado, mas disse que não vai se manifestar sobre o caso, que segue sob segredo de Justiça.​

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