O porteiro de um condomínio no bairro do Acupe, em Salvador, foi agredido por um taxista após liberar o banheiro da guarita para o homem usar. O motivo da agressão: ele reclamou do mau cheiro das fezes. O caso foi parar na delegacia.
As agressões foram cometidas na quarta-feira (7) e filmadas por câmeras de segurança. Depois de agredido, Roberto Carlos dos Santos foi levado ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi atendido e liberado. O taxista já foi identificado pela polícia.
As imagens mostram toda ação. Em um primeiro momento, o homem chegou na guarita e pediu para usar o banheiro. O acesso foi liberado por Roberto. Cerca de 20 minutos depois, o taxista retornou e foi ao banheiro novamente.
“Ele estava bebendo, não estava trabalhando. Ele pediu para urinar e eu liberei, porque a gente sempre tem exceções para os trabalhadores, principalmente os taxistas. Ele entrou urinou e saiu. Depois ele voltou como se fosse para urinar de novo, mas aí demorou lá dentro. Eu botei a cabeça para dentro da sala e senti o fedor de cocô”.
“Eu disse: rapaz, se você me falasse que era para defecar, eu não tinha liberado, porque aqui é muito pequeno, não tem basculante. Você vai sair, e vai ficar o fedor aí. Nem eu faço cocô aqui”.
Depois da advertência, Roberto disse que o taxista questionou se ele estava bem, e ele retrucou que estava desconfortável com o odor.
“Eu respondi: está bem para você, porque para mim não está, não vai ficar bem aqui respirando esse fedor. Aí ele saiu e, depois de uns 10 minutos, ele apareceu de novo com copo na mão. Eu pensei que ele ia pedir de novo para ir no banheiro”.
“Ele falou: rapaz, por que você me tratou mal daquele jeito? Eu disse que não tinha tratado ele mal, que a gente se conhece há tempo, e que só fiz explicar que ele não poderia fazer o número dois, por causa do fedor que fica”.
Foi neste momento em que a discussão começou a acirrar entre Roberto Carlos e o taxista. Com o ânimo exaltado, o homem resolveu então agredir o porteiro.
“Ele disse que o banheiro era para fazer cocô, xixi e vomitar, eu respondi que ali não era banheiro público, aí ficou aquela pequena discussão, mas sem nenhuma ofensa. O interfone tocou e eu fui atender, quando eu virei o rosto ele me agrediu”.
As imagens mostram o taxista invadindo a guarita e agredindo o porteiro. Depois, Roberto Carlos conseguiu se livrar das agressões e foi para a rua. Ele foi seguido pelo homem, e os dois passaram a correr: um para dar socos e o outro para tentar se livrar das agressões.
A briga foi apartada depois que moradores do condomínio viram a confusão e saíram para ajudar o porteiro. Depois disso, o taxista fugiu do local e Roberto Carlos foi levado ao hospital. A Polícia Civil informou, em nota, que a vítima vai passar por exames de lesão corporal.