Quinta, 25 de Abril de 2024

MP investigará fala sobre crime ambiental e homofobia em rodeio

13/08/2022 as 12:09 | Brasil | G1
O Ministério Público informou que investigará a incitação a crime ambiental e homofobia durante um rodeio realizado pelo Circuito Nortão de Rodeio Bulls, em Marcelândia, 700 km de Cuiabá, em uma apresentação de um palhaço conhecido como Estrelinha.

A organização do evento diz que a fala do humorista não representa a opinião e os valores da empresa. O g1 não conseguiu informações sobre contatos do artista até o momento.

No vídeo, disponibilizado nas redes sociais para a transmissão do evento ao vivo pela internet, é possível ver o palhaço entrando na arena vestido de caçador, com uma espingarda de brinquedo em mãos. Nesse momento, ele pergunta para o locutor Pena Branca se ele sabia qual era a “maior alegria e a maior tristeza de um caçador”.

O apresentador responde que não. Então o palhaço diz: “A maior alegria do caçador é matar uma onça, tirar o couro e estender na sala da sua casa. E a maior tristeza é ter um filho ‘viado’ em casa e não poder matar’.

Depois disso, enquanto um trecho de música com letra homofóbica toca na arena, o palhaço “mata” uma pessoa vestida de onça.

Em nota à imprensa, o Circuito Nortão de Rodeio Bulls disse que a fala do profissional contratado para o evento não representa a opinião e os valores da empresa.

“Para que episódios como esse não se repitam, comunicamos tanto com o profissional como todos os demais prestadores de serviço no evento nossa repulsa às falas, repreendendo-os que atitudes ou opiniões como essa não serão toleradas”.

A empresa pediu desculpas “a todos que tenham se sentiram ofendidos” e disse que “falas preconceituosas não têm mais lugar na nossa sociedade”.

Crimes
A caça é proibida no Brasil. A única exceção é o javali. Desde 2013, a legislação autoriza o manejo do animal - ou seja, o abate para evitar que se reproduza de forma descontrolada, contamine rebanhos de porcos e destrua plantações. E desde que o animal não sofra maus-tratos.

Desde 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que declarações homofóbicas podem ser enquadradas no crime de racismo. A pena é de 1 a 3 anos, podendo chegar a 5 em casos mais graves.
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