Preso por estelionato aplicou golpes de mais de R$ 500 mil

O empresário de 35 anos preso na última segunda-feira (08/08/2022), por aplicar golpes em pelo menos 15 vítimas de Urupês (SP), causou um prejuízo de mais de R$ 500 mil só na cidade. Ele atuava no ramo da construção civil.

Nos últimos anos foram registradas 35 ocorrências policiais contra o indivíduo, em diversas cidades do Estado de São Paulo, sendo a grande maioria por estelionatos, além de crimes de apropriação indébita.

Só em Urupês ele respondeu por cerca de 15 inquéritos policiais, incluindo cidades da sub região. A maioria dos inquéritos instaurados retratavam casos onde as vítimas pagavam por construções de imóveis residenciais, cujas obras não eram iniciadas ou terminadas.

A pedido da Gazeta, a Polícia Civil realizou um levantamento do prejuízo causado às vítimas na cidade. Em nove inquéritos, o golpista tomou dos clientes R$ 455 mil.

Em um dos crimes, um casal teria dado R$ 80.000,00 em dinheiro, além de outro imóvel no valor de R$ 170.00,00. O negócio também teria envolvido um terreno com pendências administrativas.

Em Irapuã, o estelionatário também possui dois inquéritos em andamento. Na cidade ele possui uma dívida de R$ 73 mil com dois prestadores de serviços, sendo que ele pagou parte da dívida para eles com cheques fraudados nos valores de R$ 13 mil e R$ 8,7 mil.

Uma balconista que prefere não ser identificada conta que foi uma das vítimas do criminoso e perdeu todas as economias que tinha feito ao longo da vida. "Eu ia me casar no final do ano passado e tinha guardado R$ 40 mil que dei de entrada para construção da casa. Ele sumiu com meu dinheiro e até hoje não consegui conquistar minha casa e estou pagando aluguel", conta.

O golpista fazia com que as vítimas acreditassem no sonho da casa própria e entregavam o que tinha como entrada ou parte do pagamento, como carro, cheques e economias. Ele até dava início às obras, porém, abandonava o serviço e deixava os clientes no prejuízo e sem os bens.

O empresário está preso em um presídio da região e a polícia acredita que novas condenações possam surgir ao longo do tempo, assim como novas vítimas.