quarta, 15 de janeiro de 2025
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Olimpíadas de Paris pode ser a última com a presença do Boxe

Desta forma, modalidade já estaria fora do programa olímpico nos Jogos de Los Angeles, em 2028 De quatro em quatro anos, os amantes do boxe têm a possibilidade de acompanhar…

Desta forma, modalidade já estaria fora do programa olímpico nos Jogos de Los Angeles, em 2028

De quatro em quatro anos, os amantes do boxe têm a possibilidade de acompanhar atletas da modalidade, alguns com estilo de boxeadores como Mike Tyson , que lutam por uma medalha nas edições dos Jogos Olímpicos. Mas isso pode mudar a partir de 2024. Os jogos de Paris, daqui a dois anos, podem ser os últimos em que o boxe estará presente como modalidade olímpica.

O boxe estreou nas Olimpíadas em 1904, nos jogos de St Louis. A única ausência da modalidade na competição aconteceu em 1912, nos jogos de Estocolmo, na Suécia, já que a prática era proibida no país europeu. Em Berlim, quatro anos depois, tudo voltou ao normal e o boxe voltou a ser disputado. Agora, no entanto, a modalidade pode perder sua vaga.

Segundo Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), há uma preocupação sobre como o esporte tem sido gerido pela Associação Internacional de Boxe, a AIBA, suspensa pelo órgão que gere as Olimpíadas até 2023. A entidade foi acusada de manipular resultados nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Em Tóquio, uma força-tarefa do COI ajudou a organizar a modalidade.

Para recuperar o status de entidade responsável pelo esporte para Paris precisará mostrar transparência nos processos de liderança e finanças, além de integridade dos julgamentos das lutas. “Estamos bastante preocupados porque há problemas de boa governança e é por isso que atualmente os acompanhamos de muito perto”, disse Bach em entrevista ao jornal francês L´Equipe.

Caso o boxe saia de fato do programa olímpico, será um duro gole para o Brasil, já que modalidade sempre rendeu medalhas ao país. No Rio, veio o ouro com Robson Conceição, na categoria até 60kg. Em Tóquio, neste ano, o desempenho foi ainda melhor, com um ouro, uma prata e um bronze.

A medalha de ouro veio com Hebert Conceição na categoria dos médios (até 75 kg). Beatriz Ferreira se tornou a primeira sul-americana a disputar uma final olímpica e terminou com a prata nos pesos leves (até 60 kg), enquanto o peso pesado (até 91 kg) Abner Teixeira foi bronze.

A possibilidade de que o boxe saia das olimpíadas nos próximos deve impulsionar a profissionalização dos lutadores, algo que já acontecia antes, mas deve se acentuar agora. Vale lembrar que lutadores profissionais não podem disputar as Olimpíadas, competição reservada apenas aos amadores.

Nesta semana, o portal UOL revelou que Herbert Conceição, ouro em Tóquio, vai migrar para o boxe profissional. Ele assinou contrato com uma empresa até 2024 para gerenciar suas lutas. A estratégia é semelhante a de outros lutadores brasileiros que ganharam medalhas olímpicas, mas migraram para o profissional.

O primeiro dos astros brasileiros a fazer esse caminho foi Esquiva Falcão. Prata nos Jogos de Londres, em 2012, ele ficou mais um ano entre os amadores, até aceitar proposta da agência Top Rank. Seu irmão Yamaguchi Falcão, bronze em Londres, também fez a mesma opção, ainda que atualmente esteja sem lutar em grandes eventos. Depois veio Everton Lopes, baiano como Herbert, que foi campeão mundial em 2011 e se profissionalizou em 2015.

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