O Brasil assistiu estarrecido (?), neste domingo, dia 8, a invasão (?) de prédios do Executivo, Judiciário e Legislativo, na Praça dos Três Poderes (?), em Brasília. Foi assustador (?) o número de pessoas vestidas com camisetas com as insuportáveis frases e cores que lembram democracia no Brasil que subiram as rampas, arrombaram portas e se manifestaram de maneiras que as autoridades (?) fingiam ignorar (?).
A multidão avançou (?) pra frente dos palácios (verdadeiramente cada um com seu rei e súditos) depois de amargar mais de 60 dias em frente aos quartéis, não apenas em Brasília, pedindo atenção para reivindicações muito lógicas.
Não há que se concordar com atos de vandalismo, quebra-quebra ou de violência. Mas, o povo não deve ser ouvido? Qual autoridade, até agora, se interessou pelas reivindicações dos manifestantes?
Até quando os brasileiros insuportavelmente democratas teriam de esperar para serem ouvidos?
Some-se a esta reação os atos inconstitucionais tomados pelas autoridades (?) dos palácios exatamente contra o povo. Prisões, bloqueios de contas bancárias e de redes sociais, confisco de documentos, inquéritos ilegais e perseguições ideológicas absolutamente contrárias ao que diz a Constituição – se é que o país ainda tem uma.
A reação deste domingo era absolutamente previsível, assim como se pode prever outras manifestações do tipo de agora em diante. Prefeitos, governadores e vereadores tratem de preocupar com isso e tomar medidas – legais, diga-se – porque os manifestantes mostraram que a paciência está curta. E não foi só em Brasília.
Está previsto no emaranhado da legislação que todos podem questionar o que as autoridades (?) fazem com o dinheiro do povo. Da mesma forma, ninguém é obrigado a acreditar e confiar nas urnas eletrônicas ou em qualquer outro sistema que não possa ser auditado, verificado – exatamente as questões que grande parte da população mais insiste.
E o que eles receberam das autoridades? Uma banana!
Invadir pode não ter sido a melhor solução. Porém, negar que os brasileiros se cansaram deste modelo de governo, que nos trata como asnos, não é mais aceitável.
