sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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População de Campinas diminui crescimento

Campinas foi o município que apresentou o menor crescimento populacional nos últimos oito anos na Região Metropolitana de Campinas (RMC), de acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de…

Campinas foi o município que apresentou o menor crescimento populacional nos últimos oito anos na Região Metropolitana de Campinas (RMC), de acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2000 e 2008, a população campineira aumentou 9,31%, passando de 968.172 para 1.056.644 pessoas. O ritmo de crescimento na RMC ficou em 17,15%. Em 2000, a população era de 2,3 milhões, número que saltou para 2,7 milhões em 2008. Os outros municípios que apresentaram os menores índices foram Santa Bárbara d’Oeste (10,7%) e Americana (11,64%). O maior crescimento populacional na RMC foi em Paulínia. Em 2000, o número de moradores era de 51.242. Em 2008, saltou para 81.544, 59,1% a mais (veja quadro nesta página).

Segundo a coordenadora do Núcleo de Estudos de População (Nepo) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Rosana Baeninger, existem três fatores fundamentais que têm influenciado a redução no ritmo de crescimento populacional em Campinas. O primeiro é a tendência de casais optarem por um menor número de filhos, ao contrário do que ocorria antes dos anos 70. Outro fato importante ocorre em relação aos movimentos migratórios. “Campinas recebia muitos migrantes de outros estados, como Paraná e Minas Gerais. Hoje, além da redução desse número, muitos migrantes acabaram retornando para suas cidades de origem”, explica a coordenadora.

Porém, o fator principal para esses números foi a redistribuição populacional para os municípios vizinhos a Campinas. “Esse fato ocorre desde o censo de 1980. Muita gente saiu de Campinas e migrou para cidades da RMC, como Paulínia, que apresentou maior crescimento populacional”, disse Rosana. A coordenadora ressaltou que o fenômeno está diretamente ligado ao menor custo de vida nessas áreas e também por serem regiões de loteamentos, chácaras e condomínios fechados. “As pessoas trabalham em Campinas e moram nessas cidades vizinhas.”

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