sábado, 21 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Policial que prendeu sequestradores de empresário da região é denunciado por homicídio

A Justiça de Mirassol determinou que o policial civil Manoel Alves Parreira Junior, o Manezinho, seja sumetido a júri popular pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, registrados em…

A Justiça de Mirassol determinou que o policial civil Manoel Alves Parreira Junior, o Manezinho, seja sumetido a júri popular pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, registrados em agosto de 2004. Ele recorreu da decisão e aguarda o julgamento do Tribunal de Justiça.

Manezinho foi um dos policiais que participou do cerco aos sequestradores do empresário votuporanguense, Euclides Facchini Filho, em 2002.

A equipe dele ficou no cruzamento da rodovia Euclides da Cunha com Washington Luis (SP-310), onde o carro que levava a vítima trancada no porta-malas capotou. Os criminosos tentaram fugir a pé, foram perseguidos por Manezinho e outros policiais e acabaram presos na periferia de Mirassol.

Outro caso

Parreira Júnior é acusado de executar, com sua pistola, um suposto criminoso, Wellington Callo da Silva, e de ferir outro, Jonas Pereira Tolentino.

Os crimes teriam ocorrido durante abordagem policial. Ele alega legítima defesa. “Foi um confronto contra dois bandidos, assaltantes, um morreu e o outro ficou vivo”, disse ao Diário.

A perícia revelou que as vítimas foram atingidas com pelo menos três tiros cada uma, e em regiões fatais. Na ocasião, os supostos criminosos estavam com mais um terceiro ocupante (que saiu ileso) em um Fusca monitorado pela polícia. No veículo, foram encontrados dois revólveres. Uma das armas seria de Jonas, que responde no mesmo processo por porte ilegal de arma.

O Ministério Público sustentou que a morte da vítima não pode ser decorrente de legítima defesa pois, além de policial experiente, Parreira Júnior é exímio atirador, qualidades que o possibililitariam abordar suspeitos e enfrentar situações de risco “preservando a vida e a integridade dos envolvidos”.

A sentença da pronúncia (decisão de mandar o réu a júri popular) é do juiz Flávio Artacho, da 2ª Vara do Fórum de Mirassol. Para que o policial vá a júri será necessário que o Tribunal de Justiça confirme a sentença do juiz de Mirassol.

Parreira Júnior trabalhou na Delegacia de Polícia de Mirassol por 20 anos, e atualmente é investigador no 4º Distrito Policial de Rio Preto.

Investigação Gaeco

Ele aparece nas investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) como possível agente contratado para executar o crime contra o promotor de Justiça.

Na última sexta, o policial e os outros quatro investigados, incluindo o ex-prefeito de Mirassol Odélcio Fernandes de Souza, foram ouvidos por promotores do Gaeco. Todos negaram. Ouvido pelo Diário, ontem, o investigador voltou a negar e disse não haver provas contra ele.

Manezinho também foi alvo de denúncia feita pelo próprio José Heitor quando atuava em Mirassol, por falso testemunho na investigação que levou o ex-tesoureiro da Prefeitura de Mirassol Eliezer Milani dos Santos à prisão, acusado de atentado a tiros contra a Câmara. Eliezer também faz parte do grupo investigado por planejar o suposto plano para matar José Heitor.

Nesse processo, o policial foi absolvido pelo Tribunal de Justiça.

Notícias relacionadas