Geralmente, o homem da lei derrota o bandido. E os dois personagens resolveram levar essa tensa disputa para um confronto oficial, com plateia, em um ringue, para ver se a história teria um desfecho diferente. Julián Gómez, policial de Buenos Aires (Argentina), enfrentou em luta de boxe no peso médio o presidiário Martín Jara, que cumpre dez anos de prisão por uma série de roubos a mão armada. O embate foi organizado por uma empresa de promoções esportivas.
Era a chance de Jara bater num policial sem arrumar problema com a Justiça. Mas o mocinho não deu a menor chance para o vilão. Em apenas 15 segundos de luta, Gómez levou Jara à lona. O detento se levantou, mas acabou surrado impiedosamente e nocauteado ainda no primeiro assalto, contou o jornal “Olé”. A luta, inédita no país sul-americano, uma das potências mundiais do esporte, aconteceu na noite de 27 de novembro, na capital argentina.
O agente da lei ainda desferiu palavrões contra o derrotado, que estava grogue. Ele alegou que o oponente, antes da luta, fizera um gesto do qual ela não gostara. Clima de luta “de verdade”. Por falar nisso, o combate foi até exibido por uma TV local.
“Viva a polícia!”, gritou o pugilista vitorioso.
Depois, tudo ficou bem e os adversários se abraçaram. Jara voltou para a cadeia, sem a “glória” esperada de ter derrubado legalmente um policial. E não pôde reclamar de que lhe faltara tempo para treinar.