Investigações da Defensoria Pública do Rio de Janeiro apontam que os policiais civis investigados pela morte do adolescente João Pedro, de 14 anos, alteraram a cena do crime.
Segundo os investigadores, os agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), responsáveis pelos disparos, recolheram os estojos de cartuchos 556, calibre de fuzil, disparados pelas armas deles. A retirada foi feita antes de a perícia chegar ao local.
No dia 18 de maio, data do crime, os agentes não apresentaram as munições na Delegacia de Homicídios. Somente projéteis calibre 9 mm foram entregues pelos policiais, que alegaram ter encontrado perto de uma pistola abandonada por traficantes. Nenhum deles citou sobre os estojos de calibre 556.
João Pedro foi morto dentro de casa, enquanto jogava vídeo game com os amigos, durante uma operação conjunta das Polícias Civil e Federal. No dia 23 deste mês o adolescente faria 15 anos. Além da investigação pelo assassinato, a Corregedoria da Polícia Civil também apura a atuação dos policiais no caso.