

Após dez horas de júri popular, os quatro policiais militares acusados de matar dois jovens rendidos em 2019 foram absolvidos em São José do Rio Preto (SP), na quinta-feira (27). A decisão cabe recurso.


Célio Cordeiro dos Santos Júnior, Daril José Afonso Rita, Giovani Fanti Padovan e Thiago Trídico foram absolvidos da acusação de homicídio qualificado, por terem dificultado a defesa das vítimas. Os policiais responderam ao processo em liberdade.
Durante o julgamento, dez testemunhas foram ouvidas. O advogado de defesa dos policiais argumentou que eles agiram em legítima defesa. O promotor do caso, Evandro Ornelas Leal, vai analisar se recorrerá da decisão.
O crime ocorreu após um roubo em uma chácara, onde quatro ladrões renderam um casal e a filha. Os policiais foram acionados e abordaram um carro com características semelhantes às descritas pelas vítimas. Houve troca de tiros, resultando na morte de Ulisses Rogério Souza dos Anjos e Lindomar Viana.
Cerca de meia hora depois, os policiais renderam Adeilton Souza da Silva e Richard Miranda Claudino da Silva, que também foram baleados e mortos. A investigação concluiu que os dois foram executados sem oferecer resistência.
A denúncia do Ministério Público (MP) apontava que os policiais removeram os corpos para simular um confronto armado e que as armas encontradas com os jovens não pertenciam à Polícia Militar. No entanto, o promotor que assumiu o caso posteriormente, Evandro Ornelas Leal, afirmou que não havia provas de alteração da cena do crime ou de que as armas não pertenciam à corporação.
