A Polícia Civil de Catanduva reuniu-se no Hemonúcleo para proceder à doação de sangue, na manhã de ontem. A iniciativa verificou-se em várias cidades do interior com o objetivo de mostrar à sociedade que a polícia está ativa, mesmo com o movimento grevista.Segundo informações do delegado titular da delegacia de Pindorama e porta voz da categoria, Gustavo Steffen de Azevedo Figueiredo, a categoria resolveu reunir o maior número de policiais para doar sangue, como um protesto “positivo”.
“A iniciativa faz parte do movimento grevista. Nós decidimos que, se a polícia não pode colaborar com a população como efetivamente nós gostaríamos, em razão da falta de empenho do Estado e a intransigência governamental em negociar e tentar evitar todo esse transtorno ao cidadão, nós resolvemos em uma ação nobre doar sangue e estar de alguma forma colaborando com as pessoas. Se não é dando 100% da nossa colaboração em termo de segurança pública, vai ser em uma iniciativa nobre como essa, doando sangue e salvando vidas”, explicou o delegado.
O movimento grevista prepara outras formas positivas para beneficiar a população enquanto perdurar a greve da categoria.
“Nós estamos traçando metas com a finalidade de beneficiar a população. Até o momento não existe nenhum tipo de contraproposta justa para a Polícia Civil, a greve continua”, complementou.
Nos últimos meses as doações de sangue caíram muito em todo o Estado, devido ao tempo seco, principal causador das doenças respiratórias e a vacinação da rubéola que afasta o doador pelo prazo de 30 dias.Segundo a responsável pelo setor de captação de doadores do Hemonúcleo de Catanduva, Francisca Caparroz Vicentini, em Catanduva a realidade não é diferente nesse período foi registrada a rejeição de 15 doadores por dia, ou seja, o número caiu consideravelmente.
“A iniciativa da Polícia Civil veio em boa hora. A movimentação foi excelente e 22 pessoas da categoria fizeram a doação, outras não puderam doar. Aproveitamos a oportunidade para solicitar à população que voltem a fazer a doação, principalmente as pessoas que têm o sangue negativo”, informou Francisca. (Marcelo Ono)