A Polícia Militar de Araçatuba precisou usar uma granada de efeito moral para dispersar cerca de 150 pessoas que frequentavam uma lanchonete na madrugada desta sexta-feira (26), na rua Valdir Cunha, no bairro Água Branca 2.
Segundo a PM, havia denúncia de som alto no estabelecimento, que não possui alvará de funcionamento da Prefeitura. Após a dona do local ser obrigada a fechar as portas, houve início de manifestação e teriam sido arremessadas pedras contra os policiais, que precisaram revidar para evitar um confronto.
Durante o motim, que ocorreu por volta da 0h, um pedreiro de 30 anos teria sido atingido por estilhaços da granada e sofreu ferimentos na barriga. Outras duas pessoas também teriam ficados feridas, mas não tiveram os nomes qualificados no boletim de ocorrência. Após o ocorrido, os donos da lanchonete foram apresentados na Central de Flagrantes da Polícia Civil e uma ocorrência de perturbação de sossego e abuso de autoridade foi registrada.
ARGUMENTO
Na delegacia, o policial responsável pela ocorrência afirmou que todos as ações adotadas foram corretas, inclusive a granada teria sido arremessada a mais de 10 metros das pessoas, conforme preconiza os procedimentos da Polícia Militar.
O capitão Manoel Alves Guimarães, do CPI-10 (Comando de Policiamento do Interior), defendeu a ação policial e afirmou que, a princípio, não houve nenhuma falha por parte dos policiais que atuaram na ocorrência. No entanto, como uma pessoa ficou ferida durante o motim, o comando vai instaurar uma investigação preliminar para apurar a conduta dos PMs. “Vamos analisar o boletim de ocorrência da Polícia Civil e iniciar o procedimento que deve ser concluído em 10 dias.”