Após a Força Tática e uma equipe da Rocam, da Polícia Militar de Fernandópolis, prenderem, no último dia 31 de janeiro, dois homens acusados de tentativa de estupro no Bairro Jardim Paraíso, zona norte da cidade, uma onda de mistério ronda as investigações acerca de outros casos de roubo e estupro registrados na região.
Seis desses casos aconteceram em Fernandópolis, e, conforme apuração da Reportagem de “O Extra.net” junto à Imprensa mineira, outros 8 casos semelhantes foram registrados em Iturama. Até o momento, segundo as investigações em curso, não é possível relacionar a série de delitos à dupla presa em Fernandópolis, havendo somente “suspeitas” sobre a autoria dos crimes.
RECONHECIMENTO
Na semana passada, I.A.A.G. e R.F., presos em flagrante pela PM em janeiro no Jardim Paraíso, e que responderão pelo crime de tentativa de estupro, foram conduzidos à DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Fernandópolis, onde algumas das vítimas de roubo, estupro e tentativa de estupro, os teriam reconhecido.
I.A.A.G. já cumpriu pena, por delitos ainda não confirmados pela Polícia, e estaria solto desde janeiro deste ano. R.F., também ex- -detento, estaria em liberdade desde junho de 2015. A dupla continua pesa preventivamente na cadeia de Guarani d’Oeste.
MODUS OPERANDI
O “modus operandi” dos crimes sexuais também é marcado pelo roubo das vítimas, que são amarradas e ameaçadas de morte. Os delitos são cometidos sempre por dois homens, um alto e outro baixo, armados com espingarda e faca, sendo que um deles sempre “comanda as ações”.
Em 3 dos 6 casos sob investigação em Fernandópolis ocorreram violência sexual contra as mulheres vítimas dos criminosos, sendo que nos outros 3 não foi configurado o estupro. Outra marca desses delitos é o local onde são cometidos: áreas isoladas, distantes de residências e em horário noturno, quando as vítimas são surpreendidas e ficam sem poder de reação.
Diferente do registrado na prisão de I.A.A.G. e R.F., detidos em atitude suspeita pela Avenida Presidente Médici, no Jardim Paraíso, e que tentaram agarrar a vítima “à força”, causando algumas lesões no braço e na cabeça da garota. Com a dupla foi encontrado apenas um canivete.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos acusados, mas nenhuma outra arma ou objeto ligado aos crimes foi localizado.
AINDA SEM DELEGADOS
Pela falta de delegados na cidade e região, Dra. Maristela Marques Lima Dias, titular da Delegacia de Meridiano e que atua também em outras três unidades policiais, DDM e DISE de Fernandópolis e Delegacia de Pedranópolis, não pôde atender a Reportagem de “O Extra.net” na tarde de sexta-feira (12), devido ao acúmulo de serviço que atualmente está sua sob sua responsabilidade.
Novas informações poderão ser divulgadas na próxima semana, sendo que “O Extra.net” manterá a cobertura completa sobre o caso, que, além da gravidade – pela violência e com pena mínima de 6 anos de detenção -, também chama a atenção pelo alto número de delitos registrados num curto espaço de tempo.
João Leonel-O Extra.net