A Polícia Civil de Rio Preto já tem pistas de quem teria matado a adolescente Daiane Freitas Martins, 15 anos, no último final de semana. Segundo o delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Rubens Machado, alguns suspeitos estão sendo investigados. “Não podemos passar nenhuma informação para não atrapalhar as investigações. Assim que levantarmos os dados dos suspeitos vamos começar a ouvir as testemunhas”, diz.
De acordo com o delegado,os primeiros depoimentos devem acontecer no final da próxima semana. Ele descarta a hipótese de que Daiane estaria envolvida com prostituição. Uma das melhores amigas da adolescente, que não pode ter a identidade revelada, disse ao Diário que já foi procurada pela polícia. “Eles (policiais) vieram aqui em casa junto com a mãe da Daiane na tarde de ontem (segunda-feira) para saber se estávamos juntas na noite em que ela foi morta”, afirma. “Naquele dia eu não sai com ela. Foi através deles que fiquei sabendo da morte de Daniane”, conta a estudante.
A garota disse que na tarde de sábado esteve com a amiga. “Daiane disse apenas que iria sair naquela noite e não passaria o Natal em casa. Ela não chegou a falar onde iria e nem com quem”, comenta. De acordo com o pai de Daiane, Antônio Machado Martins, a adolescente tinha um comportamento difícil e nem sempre falava para onde iria. “As vezes ela falava que ia para um lugar, mas ia para outro. Não sei dizer onde ela iria naquela noite. Ela saiu de casa dizendo apenas que iria sair.”
Os moradores do bairro Estância São Pedro, onde a vítima morava, estão chocados com o crime. Eles descrevem Daiane como uma jovem de muitos amigos. “Ela nunca teve problemas com ninguém por aqui. Era uma garota que sempre estava rodeada de amigos”, comenta Vera Lucia de Lima, que tem um comércio próximo a casa da adolescente. O sepultamento de Daiane estava marcado para o final da tarde de ontem, mas foi antecipado e aconteceu às 13 horas, no cemitério São João Batista.
O crime
Daiane foi encontrada morta na avenida marginal à rodovia Washington Luís (SP-310), entre Rio Preto e Cedral, na manhã de domingo. A adolescente estava amordaçada e com as mãos amarradas com cordas. Exame de corpo de delito comprovou que a jovem foi abusada sexualmente e a causa da morte foi estrangulamento. O corpo ficou mais de 24 horas no Instituto Médico Legal (IML) sem identificação. Apenas na tarde de segunda-feira, o pai e o irmão da vítima, reconheceram o corpo.
Fonte:Jornal Diário da Região