Policiais militares recuperam mais de cinco milhões do assalto da empresa de transporte de valores Protege. No início da madrugada desta terça-feira (10), cerca de vinte homens invadiram uma marmoraria, vizinha à transportadora de valores Protege, na Água Branca, zona oeste. Os assaltantes, todos encapuzados, renderam o vigia e utilizaram explosivos C4, de uso exclusivo do exército, para abrir uma passagem. A ação durou, de acordo com a polícia, mais de 4h para ser concluída.
Segundo Lupércio Antonio Dimov, titular do 7º Distrito Policial, foram utilizados uma bateria de caminhão e cerca de 20 metros de fio para detonar o explosivo, que foi colado na parede com fita crepe. “Foi usado um sistema bem complicado e, por causa do nervosismo dos criminosos, demandou bastante tempo”, afirmou o delegado.
O explosivo foi acionado às 3h, porém a explosão foi tão grande que acionou o alarme da empresa de marmoraria. “Eles erraram no cálculo, e a explosão foi muito grande e destruiu o teto, o que acionou o alarme”, disse Lupércio. O buraco no teto levou os criminosos até a tesouraria da empresa Protege, onde quatro funcionários foram rendidos e obrigados a permanecer de bruços, enquanto o dinheiro era retirado.
Os criminosos permaneceram na Protege por alguns minutos, e na saída se depararam com a Polícia Militar. De acordo com o delegado, os criminosos estavam divididos em cerca de dez carros, destes, quatro foram apreendidos. O primeiro carro, um Fiat Marea, foi deixado em frente a Protege, e no seu interior foram achados três milhões e duzentos mil reais. O segundo veículo, um Pólo cinza, foi seguido pela PM e os dois ocupantes S.A.G.A., 29 e R.S., 27, atiraram nos policiais, que revidaram. Os dois foram socorridos, mas morreram a caminho do hospital. Com eles havia um fuzil e uma espingarda calibre 12. Os outros dois carros, um Ford Montana e um Honda Fit, foram abandonados na região de Moema, na zona sul da Capital. Nos outros veículos foi localizado um total de 1.245,797 reais.
A Polícia já descobriu que o Honda Fit usado pela quadrilha, foi roubado no mês passado na zona sul da Capital. O dono do veículo, um bancário de 28 anos, contou que foi rendido por dois homens após estacionar o veículo.
As placas dos veículos e as imagens do circuito interno de TV da Protege e da Marmoraria irão auxiliar nas investigações. Segundo o delegado, durante o tempo que os criminosos permaneceram na marmoraria, consumiram latas de cervejas e refrigerantes. Já foi solicitada a perícia para impressões datiloscópicas. “Não é um grupo altamente especializado, deixaram vestígios, provas materiais importantes para investigação, e os veículos demoraram tanto na ação que foram abandonados. É uma questão de um ou dois dias para a quadrilha ser capturada”, disse o delegado.
O valor recuperado pela polícia já está em poder da empresa. Será realizada uma auditoria para saber o quanto foi levado.
