A professora e motorista de aplicativo, Hortência Lourenço Dias, de 37 anos, assassinada em Olímpia (SP), foi escolhida “por acaso” pelos criminosos, segundo informações da Polícia Civil. O crime que chocou a cidade e região aconteceu no dia 12 de outubro, feriado de Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crianças. Hortência deixou dois filhos pequenos.
Na última sexta-feira (14), a principal suspeita do homicídio – uma travesti de 37 anos, foi presa em Pirangi (SP), escondida na casa de um amigo. De acordo com o delegado titular, Marcelo Puppo, ela estava com o carro da vítima.
Ainda na sexta-feira à noite, outros dois comparsas que agiram com ela – um adolescente de 16 anos e um jovem de 23 anos, foram detidos, mas liberados por falta de expediente no judiciário.
No sábado (15) pela manhã, os dois foram detidos novamente após a Justiça decretar a prisão preventiva dos dois. O jovem está na cadeia de Colina (SP), aguardando transferência para outro presídio. O menor infrator foi levado para a Fundação Casa de Lins (SP).
O inquérito deverá ser concluído em 10 dias. O desfecho das investigações aponta que Hortência chegou a conhecer a travesti em uma confraternização e informou que atuava como motorista de aplicativo, também fazendo corridas particulares.
A suspeita e os comparsas tinham a intenção de cometer um crime para juntar dinheiro. A ideia do trio era solicitar uma corrida com uma mulher (para aproveitar de sua fragilidade) e roubar o veículo. Hortência foi escolhida por acaso após a primeira motorista solicitada recusar a corrida.
Ainda segundo a Polícia Civil, por volta das 22h, Hortência saiu de casa e pegou os suspeitos. No trajeto, eles teriam pedido para a motorista parar o veículo para que eles usassem drogas. Neste momento, o adolescente teria aplicado um golpe de “mata-leão” em Hortência, que ficou desacordada. Eles colocaram a vítima no banco traseiro e, quando ela acordou, a agrediram brutalmente com diversos socos no rosto. Para ter certeza de que a professora estava morta, eles a esganaram várias vezes e a golpearam com uma caneta no pescoço. Em seguida, abandonaram o corpo em uma estrada de terra, no “Campo Alegre”.
A caneta usada no crime foi encontrada no local e apreendida para perícia.
A professora foi enterrada na última sexta-feira (14), no cemitério municipal de Olímpia.