Investigadores da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto prenderam temporariamente um homem de 47 anos suspeito de cometer uma série de estupros, tentativa de homicídio e homicídio consumado em Rio Preto e cidades próximas. O homem foi preso na casa dele no bairro Ouro Verde, e está na delegacia da Deic.
As investigações comandadas pelo delegado Wander Solgon começaram há meses. Segundo o delegado, o homem seria responsável pelo assassinato de Sebastiana de Fátima de Souza,de 55 anos, morta carbonizada no início de janeiro de 2019. O corpo dela foi encontrado na Estrada do Jaó e reconhecido pelo namorado dela. Sebastiana, segundo o companheiro dela, era usuária de crack e trabalhava na prostituição, no Jardim Paraíso.
“As investigações duraram muito tempo e no começo foi muito difícil. As mulheres eram abordadas em regiões diversas de Rio Preto e levadas para a área rural ou de Rio Preto ou de cidades próximas. Nesses locais isolados, elas eram estupradas violentamente”, conta Solgon.
As vítimas, segundo a Polícia Civil, eram espancadas, cortadas com facas e estranguladas. Depois de estupra-las, o suspeito abandonava as mulheres e fugia em um GM Corsa branco. Em outras ocasiões, o homem cavava um buraco e enterrava as vítimas vivas.
“No começo das investigações as vítimas ficavam muito abaladas e não conseguiam passar as características corretas do homem. Nós conseguimos chegar até o carro dele, tiramos uma foto do proprietário e algumas fizeram o reconhecimento da foto. Agora as vítimas fizeram o reconhecimento pessoal na delegacia”, disse.
Ao menos quatro mulheres já reconheceram o homem. Ele já cumpriu pena por estupro e tentativa de homicídio. Ainda de acordo com o delegado, o criminoso age friamente e não demonstra arrependimentos. “Sem qualquer expressão de solidariedade pelas vítimas ou coisa parecida. Ao contrário, nega friamente ter cometido qualquer crime. É um monstro ou algo em torno disso”, disse.
O caso continua sendo investigado. “Eu acho que vão surgir mais vítimas. Foi um caso que nossa equipe se dedicou bastante. Até nós, que somos ‘calejados’, ficamos revoltados com o nível de violência. O que me deixa mais feliz em prendê-lo é saber que, por um bom tempo, ele não vai mais fazer isso”, finalizou o delegado.