Seis pessoas foram presas ontem em Rio Preto acusadas de integrar uma quadrilha que roubava e furtava máquinas agrícolas, como pá-carregadeiras e tratores, na região. Entre os suspeitos está um ex-jogador de futebol que atuou no Rio Preto, no Bahia e no União São João, de Araras. Os mandados de prisão foram cumpridos por policiais do 3º Distrito Policial de Ribeirão Preto e da Delegacia de Investigações Gerais de Rio Preto. Os equipamentos roubados estão avaliados em R$ 1,5 milhão.
De acordo com o delegado Gino Santana, de Ribeirão Preto, onde parte dos crimes ocorreu, pelo menos 12 máquinas foram levadas pela quadrilha. Do montante, dois furtos foram na área rural de Rio Preto e outros dois em Potirendaba. Além dos seis mandados cumpridos hoje, a polícia investiga a participação de outras oito pessoas, suspeitas de atuar como receptadoras das máquinas.
“O material era furtado ou roubado das fazendas e vendido para pessoas das regiões Norte e Centro-Oeste do país, principalmente nos estados de Tocantins e Mato Grosso do Sul”, afirma o delegado. Entre os presos estão duas mulheres, Mariza de Fátima Monila, 31 anos, e Gláucia Maria Pelicano, 25. Os homens presos são Paulo Celso Gomes, 51, o ex-jogador Gleber Adalberto Vieira, 45, e Luiz Fabiano Codato, que já estava preso em Riolândia, além de Daniel Castro Silva, 21.
Todos passaram por exame de corpo delito e foram encaminhados para prestar depoimento em Ribeirão Preto. Os seis presos vão responder por formação de quadrilha, roubo e furto qualificados, Daniel, um dos acusados, também responderá por tráfico de drogas, já que durante o cumprimento do mandado os policiais encontraram cerca de R$ 500 reais em dinheiro, uma balança de precisão e meio quilo de maconha na casa dele.
De acordo com o delegado de Ribeirão Preto, a investigação teve início há cerca de seis meses, quando um roubo foi registrado na área do 3º Distrito.“Eu, então, solicitei a quebra do sigilo telefônico de algumas pessoas. Assim, conseguimos chegar até elas. A investigação ainda não terminou, agora precisamos saber quem recebia esse material”, diz o delegado.
O ex-jogador Gleber Adalberto foi o único dos acusados que aceitou dar entrevista. Ele alega inocência. “Eu sou corretor de imóveis e veículos, já fiz negócio com todas essas pessoas que estão presas, talvez por isso meu nome esteja no meio das conversas gravadas, mas eu não tenho nada ver com o crime e vou conseguir provar minha inocência”, afirmou. Gléber foi lateral esquerdo do Rio Preto na década de 80, chegou a ser emprestado para o São Paulo, mas nunca atuou no time. No União São João, Roberto Carlos, ex-seleção, era seu reserva.
