No feriado prolongado de Natal, entre sábado e terça-feira, 62 pessoas foram presas na região de Rio Preto, de acordo com o Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-5). Dessas, 51 foram detidas em flagrante, oito por mandado judicial e três são adolescentes.
Do total de presos, três são detentos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Rio Preto, segundo a Polícia Militar, e haviam sido beneficiados com a saída temporária de Natal e Ano Novo, no último dia 21. Dois foram presos em Catanduva, por ato obsceno e ameaça, e um em Rio Preto, por furto.
“É um número muito pequeno se comparado com o total de presos beneficiados”, avalia o coronel Azor Lopes da Silva Lopes, comandante da PM na região. No total, 1.378 detentos do CPP e do Centro de Ressocialização Feminino (CRF) foram beneficiados com a saída temporária, dos quais 52 deles estão com tornozeleiras de monitoramento.
O coronel se diz favorável à saída temporária, mas prega a distribuição de tornozeleiras para todos os beneficiados. “É um teste de confiança importante dentro do processo de ressocialização do preso”, diz. Já o promotor aposentado Antonio Baldin critica a falta de critérios do Estado para avaliar quais detentos serão beneficiados com a saída temporária. “Os critérios atuais, baseados genericamente no ‘bom comportamento’, são grotescos”, afirma. Os detentos beneficiados retornam às unidades no dia 2 de janeiro.
O Deinter-5 não informou quais os crimes que motivaram as prisões no feriadão. Entre os detidos está um homem suspeito de sequestrar e matar Érica Diogo de Oliveira Guilherme, de 33 anos, moradora de Votuporanga, mulher do joalheiro Alexandro Donizete Guilherme, 38 anos. Ela estava desaparecida desde a noite do dia 20, quando foi vista pela última vez deixando um shopping de Votuporanga depois de fazer compras num supermercado. O acusado foi preso no início da noite de sábado em um bairro de Cardoso.
