quarta, 8 de janeiro de 2025
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Polícia investiga pessoas que assistiram morte de homem negro

A chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Nadine Anflor, disse nesta sexta-feira (20) à GloboNews que a polícia também vai investigar a conduta de pessoas que “assistiram…

A chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Nadine Anflor, disse nesta sexta-feira (20) à GloboNews que a polícia também vai investigar a conduta de pessoas que “assistiram passivamente” ao espancamento de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos. Duas pessoas foram presas em flagrante.

O homem negro foi assassinado por dois seguranças brancos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na noite desta quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra.

O caso ocorreu no estacionamento de um supermercado da rede Carrefour. Os seguranças, um deles policial militar, foram presos em flagrante e vão responder por homicídio qualificado.

A mulher que aparece nas imagens filmando a agressão foi ouvida pela polícia durante a manhã. A delegada diz que “ainda não se sabe” se ela coordenava os seguranças ou funcionários do supermercado, ou se tinha condições de impedir a agressão.

Nadine afirma que a polícia vai investigar se houve outros crimes, além do homicídio. O laudo, que confirmará com a causa da morte de João, deve sair ainda na sexta-feira.

“Dentro desses vídeos a gente vê a intolerância”, afirmou. A Polícia Civil deve pedir a prisão preventiva dos seguranças, e trabalha com a hipótese de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e asfixia.

João Alberto morreu no local. Ele foi agredido após um desentendimento, em uma unidade do supermercado Carrefour, na Avenida Plínio Brasil Milano As imagens da agressão foram gravadas e circulam nas redes sociais.

Ainda não se sabe o que motivou a briga, mas a esposa de João, Milena, contou à polícia que o marido fez um gesto para uma fiscal.

“Todas as pessoas que estão ali, se há responsabilização da empresa, se capacitou [os funcionários] ou não, vamos investigar”, afirma Nadine.

“Essa punição, também e essa, investigação, não tem uma preferência em relação a nenhuma outra, mas é importante que se dê a rápida elucidação, que se dê respostas a sociedade porque é um caso extremamente emblemático”, diz Nadine

O inquérito deve ser concluído em 10 dias, acredita a chefe da polícia.

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