quarta, 12 de novembro de 2025
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Polícia investiga ligação com crime organizado em assassinato de quatro homens no Paraná

A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) está apurando se as quatro vítimas assassinadas em Icaraíma e os dois suspeitos de cometer o crime tinham envolvimento com o crime organizado. A investigação se intensificou após o surgimento de indícios de que a dívida que motivou a cobrança estaria ligada a “negócios ilícitos”.

O caso, que completou três meses nesta quarta-feira (5), envolveu Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso, que viajaram de São José do Rio Preto (SP) para encontrar Alencar Gonçalves de Souza, a pessoa que os contratou para a cobrança no Paraná. Os quatro desapareceram em 5 de agosto e tiveram seus corpos encontrados 44 dias depois, na zona rural de Icaraíma.

Os principais suspeitos do quádruplo homicídio são Antonio Buscariollo, de 66 anos, e seu filho, Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22. Ambos estão foragidos, e a defesa nega a participação deles no crime.

Histórico Criminal em Análise

A Polícia Civil explicou a necessidade de analisar o histórico criminal de todos os envolvidos. “A dívida e a cobrança não teriam como base apenas o desacerto envolvendo a propriedade rural […] mas também negócios ilícitos entre as partes. No momento, não é possível afirmar que existia essa relação ilícita entre as partes, mas tudo está sendo apurado”, detalhou a corporação.

Robishley, Rafael e Diego possuíam registros criminais por diversos delitos, como tentativa de homicídio, ameaça, estelionato e tráfico de drogas (no caso de Rafael). Já Alencar Gonçalves de Souza, a vítima que contratou a cobrança, não possuía antecedentes. Entre os foragidos, apenas Antonio Buscariollo tem um registro por porte de arma em 2018; seu filho não possui antecedentes criminais.

A advogada Josiane Monteiro, que representa as famílias de três das vítimas, questionou a divulgação do histórico criminal neste momento, alegando que a informação pode “afrontar não só a dignidade e a honra dessas pessoas que se foram, mas também da família”.

A investigação está sob sigilo devido à complexidade. A Polícia Civil informou que mobilizou uma força-tarefa de análise de dados, mas a expectativa é que a conclusão do caso ainda demore alguns meses devido ao grande volume de provas e informações coletadas.

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