Policiais recolheram computadores e atas para investigar um possível crime de falsidade ideológica possivelmente cometidos por Mustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras. A juíza Alessandra Teixeira Miguel, do Foro Central Criminal da Barra Funda, emitiu um mandado de busca e apreensão para que isso acontecesse.
A Polícia Civil de São Paulo foi até a sede do Sindicato Nacional das Associações de Futebol Profissional (Sindafebol) e também esteve nas suas Entidades Estaduais e Ligas, que possuem Mustafá como presidente.
O palmeirense confirmou que o escritório da entidade foi alvo de ação policial pela manhã: “Estou tomando conhecimento agora. Uma possível denúncia, não sei do quê. Entreguei um computador e umas quatro atas. Eu estou tranquilo para prestar outros esclarecimentos”, disse o dirigente.
Para o ex-presidente do Palmeiras, a ação da polícia veio após uma denúncia movida por algum desafeto: “eu acredito que seja uma mera questão política. Ainda preciso tomar conhecimento”, afirmou Contursi, que disse não saber se a possível motivação política tem ligação com o clube alviverde.
O recolhimento de materiais atende a um requerimento da 5ª Promotoria de Justiça Criminal do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). O mandado de busca e apreensão atende a um pedido feito inicialmente pelo Ituano para a Polícia Federal, que afirma que o Sindafebol firmou em 2011 uma parceria com o Ministério do Esporte no valor de R$ 6,2 milhões. O acordo, feito sem licitação, tinha o objetivo realizar o cadastro de torcidas organizadas.
Segundo texto do mandado, os policiais foram em busca de materiais na sede do Sindafebol para colher informações sobre a veracidade da atuação da entidade. A investigação feita pela Polícia Civil tenta apurar se a entidade forjou assinaturas de membros associados em assembleias, já que os encontros tinham participação pequena de pessoas.