A.A.M.F. deu entrada no Pronto Socorro, no dia 19 de julho. O paciente passou por atendimento e foi transferido no mesmo dia para o Hospital de Base de São José do Rio Preto, para avaliação de neurologia.
Segundo o laudo fornecido pelo HB à família, o homem deu entrada no hospital vítima de agressões físicas, porém, o mesmo estava consciente e apresentava queixas de cefaleia e tonturas.
Ele foi submetido à tomografia, onde foi evidenciado o hematoma subaracnoide traumatico frontal e subdural laminar frontal à esquerda. Em relato à reportagem do Diário, A.A.M.F. disse que não se lembra de nada que antecede à confusão. Sua esposa, que também estava presente no local, narrou os fatos com detalhes. Ela conta que tudo começou quando ela e uma amiga teriam ido comprar fichas em um guichê. Chegando ao local, percebeu que dois homens estavam somente apoiados no balcão e que, por esse motivo, achou que os mesmos não iriam fazer a compra.
Diante disso, a esposa da vítima, identificada como R.M.A.M., teria se encaminhado ao guichê e, enquanto pedia por sua ficha, ouviu ou dois indivíduos falando “à idosa a gente tem que dar preferência”. Depois disso, quando estava deixando o balcão, ela derrubou algumas moedas, foi quando, ao abaixar-se para pegar, os homens teriam voltado a tecer comentários do tipo “isso aí tinha que estar é no asilo”, fato este que deixou a mulher irritada. Ela tentou tirar satisfação com a dupla, momento este onde, um dos amigos que a acompanhava na festa, aproximou-se.
Foi então que a confusão começou. A mulher alega que um dos envolvidos teria a empurrado em cima dos guichês.
Foi então que seu marido, para tentar defendê-la, teria entrado na briga. Ele foi alvo de socos e pontapés, golpes estes que o deixaram inconsciente e o fizeram perder a memória dos fatos.
Registro A briga tomou proporções inesperadas, e foi documentada por um dos presentes.
O vídeo já percorreu grupos de whatsapp e o caso ganhou conhecimento de grande parte da cidade. A vítima, inclusive, agradece a pessoa que filmou e divulgou a gravação.
A família afirma que, na hora dos fatos, a polícia e o socorro tiveram sua ação dificultada pela própria direção do clube, motivo pelo qual a ocorrência foi registrada somente dois dias depois.
Segundo a irmã da vítima, ela teria procurado a direção do clube na manhã de domingo, informado o estado de saúde em que encontrava-se A., mas que os mesmos teriam dito a ela que não poderiam fazer nada, e ainda reforçaram que não conheciam os agressores. A esposa da vítima afirma que, até o momento, não foi procurada por nenhum dos responsáveis do clube. Toda a família, que é sócia do clube há 15 anos, está revoltada.
“O que eles fizeram foi uma monstruosidade”, disse ela. Eles pedem para que seja feita a justiça.
Quanto aos agressores, ainda não foi possível comprovar qual é a identidade dos homens, já que, a sacada do clube, onde ocorreram os fatos, não possui câmera de segurança.
Clube de Campo
O Diário de Votuporanga entrou em contato com o departamento jurídico do Clube, que não quis se manifestar. “Cabe à polícia fazer a investigação. Findada essa parte, é que o clube tomará as devidas providências”.
(Maíra Petruz – Diário de Votuporanga)